Tabela 4.3. Agentes quimioterapêuticos (continuação) Medicamento Efeitos colaterais
Considerações especiais Os pacientes precisarão de reposição de adrenocorticoide. Administrado como 3 ou 4 doses por dia, com ou sem alimentos Evitar triturar os comprimidos, se possível; se for necessário triturar, misturar em óleo de triglicerídeo de cadeia média e administrar com alimentos gordurosos. Medicamentos com visual ou pronúncia parecida: mitotano e mitoxantrona
Ações de enfermagem
Mitotano (Lysodren)
Comuns: anorexia, náusea, vômitos, diarreia, depressão, letargia, cefaleia, insônia, irritabilidade, alterações de humor, fraqueza, fadiga, redução de memória, crise de Addison, hipotireoidismo, hiperlipoproteinemia, ↑ colesterol e triglicerídeos Ocasionais: sangramento prolongado, tontura ou vertigem, erupção cutânea, leucopenia, ginecomastia, ↑ TFHs Raros: hipotensão ortostática, hipertensão, rubor, chiado, falta de ar, dores, febre, hematúria, cistite hemorrágica, função renal comprometida, outros efeitos neurológicos (consultar protocolo), disfunção adrenocortical de longo prazo Comuns: náusea, vômitos, diarreia, anorexia, descoloração azul- esverdeada transitória da esclerótica, urina e pele, mielossupressão, mucosite ou estomatite, imunossupressão, alopecia, fadiga, amenorreia, distúrbios menstruais, redução na contagem de esperma Ocasionais: constipação, dor abdominal, dor nas costas, cefaleia, flebite, ↑ TFHs, prurido, secura excessiva da pele → descamação, cardiotoxicidade Raros: anafilaxia, angioedema, arritmias cardíacas, ataques epilépticos, extravasamento, lise tumoral, erupção cutânea, conjuntivite, hemorragia GI, pneumonite, ICC, toxicidade hepática, malignidade secundária Comuns: edema periférico, constipação, diarreia, náusea, mielossupressão, tontura, cefaleia, neuropatia periférica, tosse, dispneia, fadiga, febre Ocasionais: edema, hipotensão, taquicardia sinusal, petéquias, hipocalcemia, hipoglicemia ou hiperglicemia, hipocalemia, hipomagnesemia, distensão abdominal, dor abdominal, estomatite, vômitos, níveis séricos de transaminases hepáticas e bilirrubina elevados, mialgia, artralgia, confusão, parestesia, ataque epiléptico, sonolência, depressão, insônia, creatinina sérica
Monitorar atentamente se o paciente estiver usando anticoagulantes. Avaliação e testes de laboratório • HC c/dif • Função hepática • Função renal • Função da tireoide
Classificação Diversos Não específico ao ciclo celular Indicações pediátricas Carcinoma adrenocortical Via PO
Mitoxantrona (Novantrone)
Não recomendado para pacientes que tenham recebido doses completas de antibióticos antitumorais ou antraciclinas Incompatível com heparina; pode formar precipitação
Infundir como bolus IV por 5–15 min ou como infusão intermitente por 15–60 min. Vesicante: dano grave ao tecido em caso de extravasamento; administração por CVC recomendada Monitoramento • ECG • ECO (fração de ejeção ventricular esquerda) Avaliação e testes de laboratório • HC c/dif • Função renal • Função hepática • Ácido úrico Administrar sem diluição por 1 hora. Monitorar sinais e sintomas de neurotoxicidade (toxicidade limitadora de dose). Monitorar sinais e sintomas de SLTA, especialmente em pacientes com risco de SLTA ou com grande carga tumoral. Avaliação e testes de laboratório • Monitorar HC c/dif • Função renal • Função hepática
Classificação Inibidor de topoisomerase Não específico ao ciclo celular Indicações pediátricas Leucemia aguda, SMD, linfomas Via IV Potencial de irritação ou extravasamento Algumas referências classificam esse medicamento como irritante, outras, como vesicante.
Coloração azul-escura Nelarabina (Arranon)
Aviso de tarja preta: neurotoxicidade severa, incluindo sonolência severa, convulsões, coma, situação de epilepsia, desmielinação cranioespinhal ou aumento de neuropatias podem ocorrer; o risco aumenta para pacientes tratados previamente ou simultaneamente com quimioterapia intratecal e para pacientes tratados previamente com
Classificação Antimetabólito Específico ao ciclo celular (S) Indicações pediátricas LLA de células T, linfoma linfoblástico de células T Via IV Potencial de irritação ou extravasamento Nenhum
irradiação cranioespinhal. Recomenda-se hidratação IV adequada para evitar SLTA.
Usar com cuidado em pacientes com disfunção renal ou hepática grave.
elevada, efusão pleural, dor Raros: dor torácica, coma, hemorragia cerebral, tremor
(continua)
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Capítulo 4. Quimioterapia: Princípios e Agentes
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