PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

Tabela 4.3. Agentes quimioterapêuticos (continuação) Medicamento Efeitos colaterais

Considerações especiais O alumínio reage com a carboplatina, causando a formação de precipitado e perda de potência; não permita que agulhas ou conjuntos de IV contendo alumínio entrem em contato com o medicamento. A eliminação depende de TFG; a dose pode ser prescrita com base na TFG calculada e na AUC; a fórmula de Calvert pode ser usada para ajustes de dose com base no clearance de creatinina ou na TFG. A trombocitopenia é uma toxicidade limitadora de dose; o nadir de plaquetas é de 3 semanas. Devem ser realizados audiogramas no ponto inicial e no acompanhamento. A carboplatina é sinérgica com a radioterapia e é usada como sensibilizante de radiação emmuitos protocolos do SNC. Medicamentos com visual ou pronúncia parecida: carboplatina e cisplatina Mielossupressão retardada; o nadir de plaquetas é de 4 semanas, o nadir de neutrófilos é de 4–6 semanas. Náusea e vômitos podem ocorrer logo após o tratamento e durar de várias horas a dias.

Ações de enfermagem

Carboplatina (Paraplatin)

Comuns: náusea, vômitos, mielossupressão (especialmente de plaquetas), anomalias eletrolíticas Ocasionais: reação de hipersensibilidade (o risco aumenta a cada administração) com broncospasmo e hipotensão, constipação, diarreia, hepatotoxicidade, toxicidade renal, ototoxicidade Raros: gosto metálico, erupção cutânea, mucosite, neuropatia periférica, leucemia secundária, perda de visão (temporária), alopecia, aumento da bilirrubina

Administrar por 15–60 min ou por infusão contínua, dependendo do protocolo do estudo. Observe se há reações de hipersensibilidade. Para administrar doses subsequentes após a reação, o paciente precisa passar por um protocolo de dessensibilização. Derivados de taxina devem ser administrados antes da carboplatina. Avaliação e testes de laboratório • HC c/dif • Eletrólitos • Urinálise • Função renal • Função hepática, bilirrubina • Audiograma Infundir por 1–2 horas ou por 2 horas quando usado para preparação para TCTH. Evitar extravasamento ou contato local com a pele e conjuntiva. Evitar infusão rápida, que é associada a ardência e hipotensão. Aferir a pressão arterial quando for administrada uma alta dose. Usar recipientes de vidro ou bolsas de IV especiais e conjuntos de IV revestidos de polietileno para obter estabilidade; proteger da luz. Avaliação e testes de laboratório • HC c/dif • Função hepática • Função renal • Função pulmonar

Classificação Agente alquilante Não específico ao ciclo celular Indicações pediátricas Tumores sólidos Via IV Potencial de irritação ou extravasamento Nenhum ou irritante

Carmustina (BCNU)

Comuns: ardência com administração periférica, náusea, vômitos, gosto metálico, mielossupressão, alopecia, disfunção pulmonar tardia, anorexia, perda de peso Ocasionais: rubor facial, disfunção hepática, estomatite Raros: hipotensão, taquicardia, cefaleia, reação alérgica, flebite no local da injeção, descoloração amarronzada ou hiperpigmentação no contato com a pele, disfunção renal, fibrose pulmonar, toxicidade cardíaca com altas doses, malignidades secundárias (leucemia)

Classificação Agente alquilante Não específico ao ciclo celular Indicações pediátricas Tumores sólidos Via IV Potencial de irritação ou extravasamento

Algumas referências classificam esse medicamento como irritante, outras, como vesicante.

(continua)

66 Plano de Estudos de Quimioterapia e Bioterapia Pediátrica: Quarta Edição

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