PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

Tabela 4.1. Agentes específicos ao ciclo celular Classificação Mecanismo de ação

Subclasses

Nomes de medicamentos

Antimetabólitos São ativos na fase S

Análogo do ácido fólico

Metotrexato

Inibem a produção de enzimas necessárias ao metabolismo celular, gerando produto final não funcional

Análogos de purina

Tiopurinas

Mercaptopurina Tioguanina

Análogos de desoxiadenosina Cladribina Clofarabina Fludarabina Análogos de desoxiguanosina Nelarabina

Análogos de pirimidina

Análogos de uracil

Fluorouracil

Análogo de citosina Azacitidina Análogos de desoxicitidina Citarabina Gemcitabina

Inibidores de topoisomerase

São ativos na fase S Inibem a topoisomerase I, gerando quebras na cadeia de DNA São ativos no final das fases G 2 e S Inibema topoisomerase II, causando danos ao DNA São ativos nas fases G 2 e M Bloqueiam a montagem da tubulina, evitando a divisão celular São ativos nas fases G 2 e M Estabilizammicrotúbulos, inibindo a divisão celular

Camptotecinas

Irinotecano Topotecano

Epipodofilotoxinas

Etoposido Teniposido Vimblastina Vincristina Vinorelbina Docetaxel Paclitaxel Bleomicina

Inibidores de tubulina

Alcaloides da vinca

Taxinas

Agentes diversos São ativos na fase G 2

Ligam-se ao DNA, gerando quebras de cadeia

São ativos na fase S

Hidroxiureia

de agentes específicos ao ciclo celular. Quimioterapias não específicas ao ciclo celular dependem da dose; sua capacidade de destruir células cancerosas é diretamente proporcional à dose, e seu auge de eficácia ocorre quando são administradas por dosagem em bolus (Adamson et al., 2016). A Tabela 4.3 (consulte a p. 62) lista os agentes quimioterapêuticos mais comuns usados para crianças e adolescentes, listados em ordem alfabética por nome genérico. Também são informados os nomes de marca para cada medicamento. Profissionais da saúde devem usar os nomes genéricos dos medicamentos sempre que possível, para evitar confusão entre agentes que possam ter nomes que tenham pronúncias ou grafias parecidas. Essa tabela também descreve os agentes e lista a categoria de classificação (em alguns casos, os agentes quimioterapêuticos têm mais de uma classificação), as indicações pediátricas, via de administração, potencial irritante ou vesicante, efeitos colaterais, considerações especiais e ações especiais de enfermagem. As ações de enfermagem para administração quimioterapêutica de rotina (p. ex., monitoramento de náusea e vômitos) não estão inclusas para cada agente. A Tabela 4.4 (consulte a p. 87) resume determinados medicamentos de cuidados de apoio específicos aos agentes quimioterapêuticos usados durante a administração. Agentes alquilantes Agentes alquilantes são não específicos ao ciclo celular. Esses agentes impedem o crescimento do tumor causando quebras na

cadeia de ácido desoxirribonucleico (DNA), formação de pontes cruzadas e pareamentos errados das quatro bases nitrogenadas no DNA (guanina, adenina, timina e citosina), resultando em interferência na replicação e transcrição ( Figura 4.2 ). Isso torna as cadeias incapazes de separar-se, desenrolar-se e dividir-se, causando, por fim, citotoxicidade e mutagenicidade nas células cancerosas e, possivelmente, em células normais. Os agentes alquilantes são divididos em várias subclasses diferentes (exemplos listados): • Mostarda nitrogenada: cloridrato de mecloretamina • Oxazafosforinas: ciclofosfamida, ifosfamida, melfalano

• Nitrosoureias: carmustina, lomustina • Dimetanossulfonatos: bussulfano

Figura 4.2. Mecanismo de ação de agentes alquilantes

De “Chemotherapy”, por CancerQuest.com, 2016. https://www. cancerquest.org/index.php/patients/treatments/chemotherapy.

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