PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

Tabela 2.5. Estudos para diagnóstico e estadiamento de diversas malignidades infantis (continuação) Doença Estudos de imagem* Estudos de avaliação inicial adicionais*

Procedimentos • Biópsia do tumor primário • Para sarcoma de Ewing: aspiração e biópsia da medula óssea

Tumores ósseos Osteossarcoma Sarcoma de Ewing (Guarnieri, 2016)

MRI ou tomografia computadorizada do local primário e articulações adjacentes (sarcoma de Ewing) Cintilografia óssea Tomografia computadorizada do tórax PET scan

Retinoblastoma (Hurwitz et al., 2016)

Ultrassom, MRI ou tomografia computadorizada da órbita

Procedimentos • Exame oftalmológico sob anestesia

Procedimentos • Biópsia ou remoção cirúrgica do tumor primário • Aspiração e biópsia da medula óssea Outros exames laboratoriais • HC

Rabdomiossarcoma (Wexler, Skapek e Helman, 2016)

MRI do local primário Tomografia computadorizada de pulmão e local primário (de acordo com a apresentação clínica) PET scan ou cintilografia óssea Ultrassom usado com tomografia computadorizada para avaliação repetida de tumores pélvicos Ultrassom abdominal Tomografia computadorizada (amplificada por contraste) ou MRI do abdômen Tomografia computadorizada dos pulmões MRI de cérebro ou coluna ou ambos PET scan Tomografia computadorizada do cérebro (normalmente, é a modalidade de imagem inicial quando um paciente procura atendimento de emergência)

Procedimentos • Biópsia ou remoção cirúrgica do tumor primário Outros exames laboratoriais • HC • Estudos de função renal

Tumor de Wilms (Fernandez et al., 2016)

Procedimentos • Biópsia ou remoção cirúrgica do tumor • Punção lombar

Tumores do SNC

* Estudos adicionais podem ser obtidos para que se ofereça um bom atendimento ao paciente. Nota. AFP = alfafetoproteína; B-hCG = gonadotrofina coriônica humana beta; HC = hemograma completo; CT = tomografia computadorizada; HVA = ácido homovanílico; IV = intravenoso; LDH = lactato desidrogenase; MRI = exame de ressonância magnética; N-myc = proteína proto-oncogene N-myc; PET = tomografia por emissão de pósitrons; VMA = ácido vanilmandélico.

da doença abdominal. Uma tomografia computadorizada expõe uma grande área anatômica ao risco de radiação. Em geral, a ressonância magnética é um exame mais longo, para o qual os pacientes talvez precisem ser sedados (Fernandez et al., 2016). Antes de uma tomografia computadorizada abdominal, costuma-se administrar o contraste oral para delinear o intestino nas imagens de tomografia. O contraste intravenoso (IV) é usado durante tomografias computadorizadas do cérebro, pescoço, abdômen e pélvis (McCarville, 2014). A tomografia computadorizada é o método preferido para exames de imagem dos pulmões. Imagem por ressonância magnética (MRI) A ressonância magnética é outra valiosa ferramenta usada para avaliar pacientes com câncer recém-diagnosticado. O escâner de ressonância magnética é uma máquina longa e cilíndrica que usa um forte ímã para criar um campo magnético. O campo magnético faz com que os átomos de hidrogênio do corpo se alinhem e girem na mesma direção (normalmente, os átomos giram em direções indiscriminadas). Durante o exame, ondas de radiofrequência (RF) pulsadas são aplicadas e alteram o giro do átomo de hidrogênio. Quando o pulso de RF é interrompido, os prótons retornam à posição original, onde a energia é liberada e transformada em impulso elétrico. Um computador converte esses impulsos em uma imagem que é capaz de demonstrar o local de um tumor e o tipo de tecido envolvido (Leonard, 2011; McCarville, 2014). Pode ser

usado contraste IV para aprimorar as imagens de ressonância magnética. Uma vez absorvido pelo corpo, o contraste acelera a taxa à qual o tecido reage às ondas de RF magnéticas. A ressonância magnética é o método preferencial para exames de imagem do cérebro, pescoço, coluna vertebral e extremidades, devido à sua capacidade de distinguir entre tecidos normais e anormais e ao benefício de não expor o paciente a radiação. Além disso, ressonâncias magnéticas não são afetadas por distorções ósseas que são comumente visualizadas em imagens de tomografia computadorizada e podem obscurecer um tumor. Com frequência, a ressonância magnética é usada no lugar da tomografia computadorizada para exames de imagem torácica devido à preocupação com a radiação, mas a ressonância magnética não oferece uma imagem clara do envolvimento dos pulmões. Como estudos de ressonância magnética costumam demorar 30–60 minutos ou até mais, pode ser necessária anestesia para concluir o exame em crianças que não consigam ficar deitadas imóveis (Fernandez et al., 2016). Exames de medicina nuclear Exames de medicina nuclear podem usar pequenas quantidades de materiais radioativos chamados de radiomarcadores, que interagem com órgãos ou processos celulares específicos. Normalmente, os radioisótopos são injetados na corrente sanguínea, inalados ou engolidos. O radiomarcador é absorvido na corrente sanguínea e viaja até a área a ser examinada, liberando energia na forma de radiação gama, que pode

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Capítulo 2. Visão Geral do Câncer

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