PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

Figura 2.9. Resposta imunológica adaptativa

De “Principles of Biotherapy”, por P. M. Muehlbauer, N. Shelburne e M. Steinberg, 2014, Chemotherapy and Biotherapy Guidelines and Recommendations for Practice , ed. M. Polovich, M. Olson e K. B. LeFebvre (4ª ed., p. 53). Pittsburgh, PA: Oncology Nursing Society. Copyright 2014, Oncology Nursing Society. Reproduzido com permissão.

pela circulação periférica, em busca de patógenos estranhos que eles tenham encontrado anteriormente ou que encontrem pela primeira vez. Portanto, independentemente da porta de entrada de um patógeno estranho, o sistema imunológico adaptativo está constantemente de guarda, pronto para combater. Os linfócitos B secretam anticorpos que agem contra o antígeno estranho que os ativou. Quando o linfócito é exposto pela primeira vez ao antígeno, forma-se uma memória para o antígeno dentro do linfócito. Essa memória permite que o linfócito reaja ao antígeno específico mais rápida e eficazmente quando encontrá-lo novamente no futuro (Alberts et al., 2015). Os linfócitos T têm diversas funções imunológicas: • Células T citotóxicas (T c ) matam as células-alvo diretamente. • Células T auxiliares (T h ) iniciam uma resposta imunológica ao ativarem macrófagos e também células B e células T c . A célula T h efetora faz isso secretando interleucinas, que são citocinas (proteínas sinalizadoras que regulam a resposta imunológica), e exibindo proteínas coestimulatórias em sua superfície. Células T h também são chamadas de células T4, pois exibem o marcador de superfície celular CD4. • Células T supressoras (T s ) regulam a produção de anticorpos e a função imunológica. Células T s também são chamadas de células T8, pois exibem o marcador de superfície celular CD8. A proporção normal entre células auxiliares (T4) em células supressoras (T8) é de 2:1. Isso se chama proporção T4:T8. Há uma relação T4:T8 invertida em estados de supressão imunológica, como o causado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou após o transplante de células-tronco. A ativação da imunidade adaptativa é estimulada em parte pela resposta inflamatória iniciada pelo sistema imunológico inato. Alguns linfócitos podem marcar patógenos estranhos se fixando à sua superfície, marcando-os para destruição por fagocitose mediada por complemento ou fagocitose por macrófago. Células dendríticas atuam como comunicadoras

Tabela 2.3. Imunoglobulinas e suas funções Imunoglobulina Função IgG Mantém a defesa do corpo contra infecção IgM É o primeiro anticorpo a aparecer em resposta à exposição a antígeno IgA Desempenha um importante papel na função imunológica de membranas mucosas e ajuda a evitar infecção no nariz e pulmões

IgE

Causa secreção de histaminas, leucotrienos e prostaglandinas durante reações de hipersensibilidade Função desconhecida; é encontrada em pequenas quantidades no soro

IgD

De “Principles of Biotherapy”, por P. M. Muehlbauer, N. Shelburne e M. Steinberg, em Chemotherapy and Biotherapy Guidelines and Recommendations for Practice , ed. M. Polovich, M. Olson e K. B. LeFebvre (4ª ed., p. 55), 2014. Copyright 2014, Oncology Nursing Society.

Linfócitos T e linfócitos B Os linfócitos T e os linfócitos B vêm da célula-tronco hematopoiética pluripotente. Eles se desenvolvem em tecidos linfoides primários: linfócitos B, na medula óssea; linfócitos T, no timo. Os linfócitos B e T maduros migram para outros órgãos linfoides e esperam o surgimento de patógenos estranhos. Os linfócitos B e T têm uma aparência semelhante até serem ativados por um antígeno; depois disso, passam a ser distinguíveis uns dos outros. Quando eles são ativados e ficam distinguíveis, são chamados de células efetoras. No estágio efetor, os linfócitos são capazes de fazer o trabalho do sistema imunológico adaptativo. Curiosamente, os linfócitos patrulham constantemente o corpo, tanto pelo sistema linfático quanto

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Capítulo 2. Visão Geral do Câncer

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