a inclusão do paciente em atividades sociais e o nível de interesse que o paciente tem em sua aparência. • Avaliar a capacidade do paciente de manter o desempenho acadêmico ou profissional e a frequência na escola ou no trabalho durante os tratamentos de quimioterapia. • Avaliar os recursos disponíveis para ajudar jovens adultos responsáveis pelo cuidado de seus próprios filhos. Intervenções • Apoiar a independência do adolescente ou jovem adulto na busca de respostas para suas perguntas e na tomada de decisões sobre o plano de tratamento. • Incentivar os pais a permitir que os adolescentes tenham autonomia para aprender sobre quimioterapia e bioterapia e sobre como gerenciar os efeitos colaterais. • Orientar a família do adolescente no desenvolvimento de um plano de clara responsabilidade pela administração dos medicamentos. • Fornecer intervenções baseadas em evidências para os sintomas difíceis do câncer no início de sua trajetória e consultar especialistas em cuidados paliativos quanto a sintomas persistentes e que não respondem ao tratamento. • Comunicar-se diretamente com o adolescente ou jovem adulto. Reconhecer o direito legal do jovem adulto à privacidade e solicitar seu consentimento antes de compartilhar informações com seus pais. • Promover uma comunicação saudável entre os membros da família. • Promover a normalidade auxiliando nas rotinas e sendo o mais flexível possível. • Auxiliar no desenvolvimento ou manutenção contínua de relacionamentos positivos entre pares. • Usar abordagens de aprendizagem de adultos para fornecer apoio e instrução ao paciente. • Promover habilidades de enfrentamento positivo, como preparação comportamental para a quimioterapia, relaxamento e imagética. • Incentivar o envolvimento do paciente no tratamento, permitindo o máximo controle possível sobre os aspectos do tratamento. • Incentivar atividades de cuidado pessoal. • Usar humor apropriado nas interações com os AJAs. • Em interações privadas, fornecer informações sobre controle de natalidade, precauções para sexo seguro e funcionamento sexual em relação à terapia do câncer. • Promover a privacidade ao prestar cuidados e quando colegas, amigos e parceiros estiverem visitando.
Cultura Cultura é o padrão de pressupostos, crenças e práticas que orientam as perspectivas e decisões de um grupo de pessoas. É a lente através da qual todas as facetas do comportamento podem ser interpretadas (Spector, 2008). Os mal-entendidos e falhas de comunicação entre pacientes, famílias e profissionais de saúde podem ser atribuídos, em parte, ao fato de cada pessoa usar linhas de raciocínio e conceitos culturais de modo diferente em resposta à saúde e à doença. A percepção da família em relação à experiência do câncer e, mais especificamente, ao processo de tratamento quimioterápico, é fortemente influenciada por suas crenças culturais. Além disso, as práticas de criação de filhos, as práticas de saúde e os processos de tomada de decisão da família são afetados pela cultura e devem ser considerados ao desenvolver o plano de tratamento. O cuidado transcultural ocorre quando a comunicação é eficaz e são prestados cuidados de saúde de alta qualidade a pacientes e famílias de origens socioculturais diversas. Ele se baseia nos valores centrais do cuidado centrado no paciente e é muito mais complexo do que simplesmente aprender as normas de uma cultura específica (Betancourt, Green e Carrillo, 2016). As questões transculturais centrais que devem ser exploradas se forem relevantes para o cuidado do paciente incluem estilos de comunicação, desconfiança e preconceito, tomada de decisão e dinâmica familiar, tradições e espiritualidade e questões sexuais e de gênero (Betancourt et al., 2016). AVALIAÇÕES E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Avaliações • Avaliar os padrões de comunicação preferenciais da família e determinar se é necessário um intérprete. • Avaliar o estilo de comunicação geral do paciente e da família, incluindo contato visual, assertividade ao fazer perguntas, contato físico e necessidade de espaço pessoal. • Perguntar sobre o significado do câncer na cultura da família e que informações os pais desejam que o filho receba sobre a doença. • Avaliar a percepção do paciente e da família sobre quimioterapia e bioterapia fazendo perguntas abertas, sem julgamentos, incluindo o que eles acham que o tratamento fará, quais resultados eles esperam alcançar e que preocupações eles têm com a quimioterapia ou bioterapia. • Avaliar sinais que indiquem desconfiança; essas são oportunidades para uma comunicação mais aberta e para o desenvolvimento da confiança. • Determinar quais pessoas a família quer que estejam envolvidas nas decisões de tratamento e garantir que elas estejam presentes durante as discussões sobre o tratamento. • Perguntar sobre outras maneiras como a família está procurando manter a criança saudável. Fazer perguntas abertas sobre terapias complementares e alternativas e perguntar quem mais está envolvido no processo de cura. • Avaliar as interações entre os pais e o filho no contexto da origem cultural da família.
Capítulo 9. Aspectos psicossociais 293
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