PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

pedem aos enfermeiros que forneçam orientação prévia para ensinar à criança habilidades de deglutição de comprimidos e abordar questões de desenvolvimento (Landier e Toomey, 2009). AVALIAÇÕES E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Avaliações • No início do tratamento, avaliar a experiência prévia da criança em deglutir medicamentos orais. • Avaliar a compreensão do paciente (conforme apropriado) e dos pais sobre cada medicamento do plano de quimioterapia por meio de perguntas abertas. Evitar perguntas fechadas (sim/não), por exemplo: “Você está tomando sua medicação?”. • Avaliar a capacidade dos pais de ler e seguir os horários dos medicamentos. Perguntar a eles qual a maneira preferida de aprender, por exemplo, com figuras, diagramas, conversar ou leitura. • Determinar quem será responsável pela administração dos medicamentos em casa. • Perguntar aos pacientes e aos pais o que eles acham útil para lembrá-los de tomar ou administrar os medicamentos e o que eles acham que poderia ajudá-los a se lembrar melhor. • Avaliar o paciente quanto a efeitos colaterais; examinar resultados dos exames de laboratório que mudam em resposta ao tratamento. • Avaliar a frequência de reaviamento da prescrição e registrá-la no prontuário médico do paciente. Avaliar o suprimento de medicamentos do paciente em cada visita clínica, examinando os frascos de medicamentos. Intervenções • Fornecer instruções verbais e escritas sobre a finalidade de cada medicamento ao iniciar seu uso e ao longo do tratamento. Rever e reforçar continuamente as informações no cronograma ou roteiro do tratamento. • Orientar a família no desenvolvimento de um plano para determinar quem terá a responsabilidade principal pela administração dos medicamentos; perguntar “Quem é o responsável pela administração dos medicamentos?”. • Desenvolver um plano para manter um sistema de lembretes de horário para medicamentos. Isso pode incluir calendários e caixas de medicamentos com vários dias e caixas por dia. • No caso de pais que não sabem ler, usar figuras e outras orientações visuais para ensinar o nome, a finalidade e os horários do medicamento. • Ao administrar medicamentos no ambiente de assistência médica, informar o paciente e a família sobre o medicamento que está sendo administrado e sua finalidade cada vez que for administrado. Observar o roteiro ou agenda da quimioterapia com o paciente e a família toda vez que um agente de quimioterapia for administrado. • Fornecer treinamento em habilidades de deglutição de comprimidos, conforme necessário. Fornecer instruções verbais, demonstrações e oportunidades para praticar usando um placebo e avançando dos comprimidos pequenos até os grandes (Landier e Toomey, 2009). • Treinar as crianças quanto a técnicas de deglutição, que podem incluir o método da garrafa, o método dos dois goles e o posicionamento da cabeça para frente ou para trás (Landier e Toomey, 2009). Considerar o uso de copos especialmente projetados para deglutição de comprimidos.

• Oferecer opções à criança, sempre que possível, como a ordem na qual os medicamentos podem ser tomados ou o sabor da bebida a ser usada. • Fornecer aos pais informações sobre o que devem esperar ao administrar os medicamentos. Treiná-los a dizer à criança que tomar os medicamentos é inegociável. Incentivá-los a estabelecer reforços positivos imediatos para crianças pequenas e incentivos de longo prazo para crianças e adolescentes maiores (Landier e Toomey, 2009). • Sugerir à família o uso de uma caixa compartimentada para transportar os medicamentos. Instruí-los a levar a caixa a cada visita clínica, para que os medicamentos possam ser verificados e repostos conforme necessário. • Discutir com os pais dos adolescentes a necessidade de se comunicar com o filho sobre quem é responsável pela administração dos medicamentos. • Reforçar frequentemente a importância de continuar a tomar todos os medicamentos, mesmo que o paciente pareça estar em remissão. • Compartilhar estratégias usadas por outros pacientes para aderir aos planos de medicamentos, para que outros possam aprendê-los e adaptá-los para seu próprio uso. • Se for determinado que um paciente não está aderindo ao plano de medicação, compartilhar fatos e preocupações com a família de maneira não punitiva, respeitando a dignidade do paciente e da família. Pedir à família ideias sobre como avançar em direção a um resultado positivo. • Usar recursos de atendimento domiciliar, se estiverem disponíveis, e a ajuda dos enfermeiros escolares para ajudar a avaliar a compreensão do paciente e da família a respeito dos medicamentos que fazem parte do plano de tratamento e sua capacidade de seguir esse plano. • Gerenciar agressivamente os efeitos colaterais desagradáveis da terapia para ajudar a minimizar a não adesão. Por exemplo, usar intervenções dermatológicas para crianças ou adolescentes cujo uso de esteroides cause acne, podendo ser causa de embaraço. Adolescentes e jovens adultos A adolescência é caracterizada pela formação da identidade e valores individuais e pela crescente independência. O objetivo das crianças nesse estágio de desenvolvimento é responder à pergunta: “Quem sou?”. Adolescentes são capazes de pensamento abstrato; isto é, eles têm a capacidade de raciocinar e conceituar para além de sua experiência real. Os relacionamentos com os colegas são importantes, e os relacionamentos significativos se expandem para além da família. A imagem corporal é importante, assim como a privacidade; as mudanças físicas podem ter forte impacto na autoestima dos adolescentes. Os adolescentes estão descobrindo e processando sua identidade sexual e desenvolvendo apegos sexuais em relacionamentos pessoais. Tais relacionamentos podem ser com membros do sexo oposto ou do mesmo sexo. Durante esse período, os adolescentes começam a considerar quais características são importantes em um parceiro de vida (Docherty, Kayle, Maslow e Santacroce, 2015). Os jovens adultos (18 a 25 anos) com câncer se desenvolvem tendo como base a identidade estabelecida na adolescência. Os objetivos do jovem adulto focam em se comprometer com afiliações e parcerias concretas. Nesse estágio de desenvolvimento, o egocentrismo da adolescência é substituído pela reciprocidade nos relacionamentos. O desenvolvimento

Capítulo 9. Aspectos psicossociais 291

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