PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

Tabela 8.25. Potenciais reações cutâneas associadas a quimioterapia e bioterapia (continuação) Alteração potencial Agente causador Tratamento Instrução para pacientes e cuidadores Urticária

Asparaginase Carboplatina Cisplatina Docetaxel Etoposido Melfalano Mesna Paclitaxel Procarbazina Teniposido

• Cessação ou redução da dose do agente causador • Administração de anti-histamínicos, corticosteroides ou adrenalina, se a terapia estiver associada a uma reação alérgica grave • Tratamento preventivo com anti- histamínicos e corticosteroides • Cuidado meticuloso das feridas

• Ensinar sobre os sinais e sintomas de reação alérgica tardia • Tranquilizar o paciente de que a erupção cutânea é temporária

Nota. Em: “Management of Disease and Treatment-Related Complications in Pediatric Oncology”, por M. C. Hooke, C. Baggott, D. Robinson, M. Woolery, A. M. Maloney, S. Dulczak, and L. Madsen, 2011, Nursing Care of Children and Adolescents with Cancer and Blood Disorders, ed. C. Baggott, D. Fochtman, G. V. Foley, and K. P. Kelly (4 a ed., pp. 565–571). Glenview, IL: Association of Pediatric Hematology/Oncology Nurses; “Cutaneous Reactions to Chemotherapeutic Drug and Targeted Therapies for Cancer: Part I. Conventional Chemotherapeutic Drugs”, por C. M. Reyes-Habito e E. K. Roh, 2014, Journal of the American Academy of Dermatology, 71 (2), p. 203, doi:10.1016/j.jaad.2014.04.014; “Cutaneous Reactions to Chemotherapeutic Drugs and Targeted Therapy for Cancer: Parte II. Targeted Therapy”, por C. M. Reyes-Habito e E. K. Roh, 2014, Journal of the American Academy of Dermatology, 71 (2), p. 217, doi:10.1016/j.jaad.2014.04.013; “Voriconazole Phototoxicity in Children: A Retrospective Review”, por L. Sheu, E. B. Hawryluk, D. Guo, W. B. London, and J. T. Huang, 2015, Journal of the American Academy of Dermatology, 72 (2), pp. 314–320, doi:10.1016/j.jaad.2014.10.023; “The Use of Scalp Cooling for Chemotherapy-Induced Hair Loss”, A. Young e A. Arif, 2016, British Journal of Nursing, 25 (10), pp. S22–S27, doi:10.12968/bjon.2016.25.10.S22.

que causam descamação e hiperpigmentação (bussulfano, tiotepa); e aplicação de cremes e loções prescritos para manter a pele bem hidratada. Estudos em adultos relatam o tratamento de erupções cutâneas papulopustulares leves causadas por inibidores de EGFR com esteroides tópicos, clindamicina tópica ou eritromicina. Em casos mais avançados, minociclina oral e doxiciclina têm sido utilizadas (Lacouture et al., 2011; Reyes- Habito e Roh, 2014b). Possíveis complicações • Infecções secundárias da pele. • Bacteremia e sepse. • Prurido. • Desconforto e dor. Avaliações e intervenções de enfermagem Avaliações • Avaliar minuciosamente a pele todos os dias, observando cor, pigmentação, textura, turgor, integridade, edema e presença de lesões. • Inspecionar os locais do cateter e as feridas cirúrgicas de acordo com os intervalos designados. • Monitorar o balanço hídrico e o estado nutricional do paciente. • Avaliar se o paciente e seus familiares são capazes de lidar com a perda de cabelo e as alterações da imagem corporal. Intervenções • Tratar as feridas e cuidar de cateteres e linhas venosas centrais, de acordo com a política institucional. • Aplicar hidratantes e barreiras na pele para promover a cicatrização de feridas e evitar que áreas sensíveis sofram ruptura. • Promover hidratação e nutrição adequadas. • Incentivar a deambulação e brincadeiras. • Mudar o paciente de posição a cada duas horas se a mobilidade for limitada.

• Para pacientes recebendo radioterapia, limpar a pele diariamente com sabão neutro e usar xampu suave para limpar o couro cabeludo; antitranspirantes podem ser usados. Corticosteroides tópicos e creme de sulfadiazina de prata podem ser usados para reduzir o prurido e o eritema (Wong et al., 2013). • Se o paciente estiver recebendo tiotepa, são necessários três ou quatro banhos ao dia. Trocar lençóis, roupas e curativos na hora dos banhos. Evitar curativos, adesivos, loções e cremes oclusivos. Trocar fraldas a cada duas horas (Rosman, Lloyd, Hayashi e Bayliss, 2008). Fornecer medidas de conforto para aliviar sintomas de dor, prurido e edema. • Facilitar o encaminhamento para assistentes sociais e o acesso a recursos para perucas. Instrução ao paciente e à família • Ensinar pacientes e familiares sobre a importância de ter bons cuids com a pele. • Instruir os pacientes e familiares a evitarem expor a pele a temperaturas extremas e luz solar. • Incentivar o uso de proteção solar, incluindo chapéus, roupas de proteção e protetores solares com FPS 30 ou superior. • Tranquilizar os pacientes e familiares explicando que a maioria das alterações cutâneas é transitória e passará com o tempo. FADIGA GERAL Definição A fadiga relacionada ao câncer (FRC) é uma experiência subjetiva e um dos sintomas mais comuns relatados pelos pacientes que recebem tratamento contra o câncer; pode persistir após a conclusão do tratamento. A FRC afeta entre 35% e 93% dos pacientes pediátricos (Lopes-Junior et al., 2016). A fadiga é um dos inumeráveis sintomas (outros são redução da mobilidade, dor, dificuldade de relacionamento com colegas, ansiedade e depressão) que podem ser examinados para avaliar o peso do tratamento de câncer sobre a qualidade de

Capítulo 8. Toxicidade e Tratamento de Sintomas 277

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