PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

Tabela 8.19. Antieméticos comuns, dosagem e efeitos colaterais (continuação) Categoria e nome genérico (nome comercial) Dose e horários Indicações

Efeitos colaterais e comentários

Administração oral • < 18 kg: 0,5 mg BID • 18–30 kg: 1 mg BID • > 30 kg: 1 mg TID • Máximo de 0,06 mg/kg/dia Os dados disponíveis sobre uso em crianças são limitados

Nabilona (Cesamet) Canabinoide sintético

Usar em pacientes que recebem quimioterapia com emetogenicidade moderada ou alta, para os quais é contraindicado o uso de corticosteroides

• Sonhos anormais, ansiedade, confusão, vertigem • Dor abdominal, diarreia, aumento do apetite, náuseas e vômitos

Nota. BID = bis in die (2x ao dia); ASC = área de superfície corporal; CINV = chemotherapy-induced nausea and vomiting (náuseas e vômitos induzido por quimioterapia); SNC = sistema nervoso central; ECG = eletrocardiograma; FDA = U.S. Food and Drug Administration ; GI = gastrointestinal; IM = intramuscular; IV = intravenoso; SF = soro fisiológico; PO = per os (via oral); PRN = pro re nata (conforme necessário); TID = ter in die (3x ao dia). Esta tabela é fornecida apenas como um guia. Usar o formulário e os fornecedores, farmacêuticos e protocolos do hospital como suas principais fontes para dosagem de antieméticos. De: “Guideline for the Prevention of Acute Nausea and Vomiting due to Antineoplastic Medication in Pediatric Cancer Patients”, por L. L. Dupuis, S. Boodhan, M. Holdsworth, P. D. Robinson, R. Hain, C. Portwine, . . . L. Sung, 2013, Pediatric Blood and Cancer, 60 (7), pp. 1073–1082, http://www.pogo.ca/healthcare/ practiceguidelines; “Guideline for the Prevention and Treatment of Anticipatory Nausea and Vomiting due to Chemotherapy in Pediatric Cancer Patients”, por L. L. Dupuis, P. D. Robinson, S. Boodhan, M. Holdsworth, C. Portwine, P. Gibson, . . . L. Sung, 2014, Pediatric Blood & Cancer, 61 (8), pp. 1506–1512, doi:10.1002/ pbc.25063; “Antiemetics: American Society of Clinical Oncology Practice Guideline Update”, por P. J. Hesketh, M. G. Kris, E. Basch, K. Bohlke, S. Y. Barbour, R. A. Clark-Snow, . . . G. H. Lyman, 2017, Journal of Clinical Oncology, 35 (28), pp. 3240–3261, doi:10.1200/JCO.2017.74.4789; Lexicomp, 2013, Lexicomp Online, Pediatric and Neonatal Lexi-Drugs Online. Hudson, OH: Wolters Kluwer Clinical Drug Information, Inc.; “Guideline for the Prevention of Acute Chemotherapy-Induced Nausea and Vomiting in Pediatric Cancer Patients: A Focused Update”, por P. Patel, P. D. Robinson, J. Thackray, J. Flank, M. T. Holdsworth, P. Gibson, . . . L. L. Dupuis, 2017, Pediatric Blood and Cancer, 64 (10), pp. 1–12, doi:10.1002/pbc.26542.

Figura 8.3. Ferramenta de avaliação da náusea pediátrica (PeNAT)

Nota. Para uso em pacientes de 4 a 18 anos de idade. De: “Development and Validation of the Pediatric Nausea Assessment Tool for Use in Children Receiving Antineoplastic Agents”, por L. L. Dupuis, A. Taddio, E. N. Kerr, A. Kelly e L. MacKeigan, 2006, Pharmacotherapy, 26 (9), pp. 1221–1231. Reproduzido com permissão.

musicoterapia e aromaterapia usando gengibre, hortelã- verde e hortelã-pimenta (Flank et al., 2016; Ladas et al., 2006; Mazlum, Chaharsoughi, Banihashem e Vashani, 2013; Momani e Berry, 2017). • Consultar um especialista em vida infantil, assistente social ou psicólogo, conforme necessário, em relação à ansiedade do paciente. Instrução ao paciente e à família • Ensinar o paciente e a família sobre quimioterapia e regimes antieméticos. • Orientar os cuidadores sobre os possíveis efeitos colaterais da terapia antiemética. CONSTIPAÇÃO Definição Constipação é uma diminuição na frequência normal das evacuações. As fezes ficam duras e secas e sua evacuação pode ser difícil ou dolorosa. A constipa é um problema comum na

infância, com prevalência de 3% em todo o mundo (Tabbers et al., 2014) e prevalência de até 50% em crianças com câncer (Rodrigues et al., 2013). Fisiopatologia A etiologia da constipação é multifatorial. Ela pode ser considerada primária, secundária ou iatrogênica. A constipação primária é resultado de problemas externos, como alteração do estado nutricional ou diminuição da ingestão de líquidos e fibras decorrente de náusea, vômito ou anorexia. Também pode ser causada por uma diminuição da atividade física e pela falta de privacidade para defecar. A constipação secundária geralmente é causada por alterações patológicas que afetam abdômen, intestinos ou a inervação dessas estruturas. Essas alterações podem incluir obstrução por massa, compressão da medula espinhal, aderências pós-operatórias e cirurgia abdominal ou pélvica. A constipação secundária também pode ser resultado de anormalidades eletrolíticas, como hipercalcemia ou hipocalemia. A constipação iatrogênica quase sempre é causada por analgésicos narcóticos ou inibidores de tubulina, como a

Capítulo 8. Toxicidade e Tratamento de Sintomas 249

Powered by