PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

adversos foram relatados quando o aprepitanto foi administrado com ifosfamida, ciclofosfamida e oxicodona (Dushenkov, Kalabalik, Carbone e Jungsuwadee, 2017). Outros medicamentos também podem ser contraindicados, por isso é importante que o profissional de enfermagem consulte o protocolo de tratamento e o farmacêutico para obter informações atualizadas. O CINV de escape ocorre quando o regime antiemético prescrito não se mostrou eficaz. Além de um regime antiemético programado, também devem ser prescritos medicamentos pro re nata (PRN; conforme necessário) e ser feita uma reavaliação do regime emético quando ocorrer CINV de escape. Quando os pacientes apresentam êmese de escape, eles podem ter dificuldade em diferenciar azia de náusea. Portanto, terapia com antiácidos também deve ser considerada (p. ex., inibidores da bomba de prótons, bloqueadores H 2 ) (NCCN, 2017c). O CINV refratário ocorre durante os ciclos de quimioterapia subsequentes devido ao controle inadequado dos sintomas nos ciclos anteriores. As recomendações incluem a mudança de ondansetrona para granisetrona ou palonosetrona e adição de olanzapina. O dronabinol e a nabilona também podem ser utilizados em pacientes que não responderam aos agentes antieméticos convencionais. O dronabinol tem o benefício adicional de ser um estimulante do apetite. A dose pediátrica recomendada de dronabinol é de 5 mg/m 2 , administrada por via oral 1–3 horas antes da quimioterapia e continuada a cada 2–4 horas. A maioria dos médicos começa com 2,5 mg/m 2 para garantir a tolerância sem efeitos psicotrópicos (Elder e Knoderer, 2015). A nabilona também pode ser usada como alternativa quando a dexametasona é contraindicada. Fatores de risco • Qualquer agente quimioterapêutico, embora alguns sejam mais emetogênicos que outros ( Tabela 8.18 ). • Quimioterapia combinada • Experiência anterior com quimioterapia, o que aumenta o risco de CINV. • Infusão em bolus (em vez de uma infusão mais prolongada). • Ansiedade, náuseas ou vômitos antecipatórios.

Os antieméticos devem ser escolhidos com base em seu método de ação e no potencial emético da quimioterapia prescrita. A administração dos antieméticos deve ser programada de acordo com a duração de seus efeitos. Antieméticos adicionais devem ser administrados, conforme necessário, para náuseas e vômitos de escape. Diversos medicamentos complementares e alternativos são eficazes para prevenir ou diminuir o CINV (Momani e Berry, 2017). Acupressão ou acupuntura no ponto P6, localizado no antebraço a cerca de 5 cm acima do pulso, local mais comum de intervenções para prevenir náuseas e vômitos em pacientes sob quimioterapia ( Figura 8.2 ). As técnicas de hipnose e relaxamento também demonstraram ser úteis na redução de náuseas e vômitos antecipatórios em crianças. Aromaterapia é o uso de óleos essenciais para fins terapêuticos, através de inalação. Gengibre, hortelã-pimenta e hortelã-verde são utilizados pelos seus efeitos antieméticos e antiespasmódicos sobre o revestimento gástrico. A massagem com aromaterapia tem efeitos ansiolíticos leves e pode ser útil no controle de náuseas e vômitos antecipatórios (Ladas, Post-White, Hawks e Taromina, 2006). O gengibre tem sido usado em muitas culturas por suas propriedades antieméticas (Marx et al., 2013). Um estudo randomizado com crianças portadoras de sarcoma comparou pacientes que receberam cápsulas de pó de raiz de gengibre ou placebo, além de ondansetrona e dexametasona. A raiz de gengibre conseguiu reduzir a intensidade do CINV agudo e tardio em comparação com o placebo, mas não o eliminou (Pillai, Sharma, Gupta e Bakhshi, 2011). Todas as terapias à base de plantas devem ser avaliadas quanto aos possíveis efeitos colaterais. O gengibre tem o potencial de inibir a agregação plaquetária e pode aumentar a acidez estomacal, possivelmente interagindo com bloqueadores H 2 e inibidores da bomba de prótons (Quimby, 2007). Também há evidências de que alguns compostos de gengibre podem interferir nos receptores 5-HT 3 ( Jordan, Jahn e Aapro, 2015; Marx et al., 2013). Os antagonistas dos receptores de serotonina são os antieméticos mais usados; eles incluem ondansetrona, granisetrona, dolasetrona e palonosetrona. Uma alternativa à administração de ondansetrona a cada oito horas é uma dose de ataque de 16 mg/dose IV ou 24 mg per os (VO) antes da quimioterapia diária (Dupuis et al., 2013). Uma revisão da Cochrane examinou antieméticos para prevenção de CINV em crianças e constatou que estudos clínicos randomizados mais abrangentes são necessários. As evidências atuais sugerem que os antagonistas 5-HT 3 são eficazes em pacientes que recebem quimioterapia emetogênica, e que a granisetrona ou a palonosetrona são possivelmente melhores que a ondansetrona. Adicionar dexametasona melhora o controle do vômito, mas o perfil risco-benefício é incerto (Phillips et al., 2016). Os antagonistas da dopamina incluem proclorperazina, metoclopramida, clorpromazina e prometazina. A prometazina traz uma advertência da FDA (aviso de tarja preta) e é contraindicada em crianças com menos de dois anos de idade devido ao risco de depressão respiratória fatal. Além disso, a prometazina pode causar extravasamento e deve ser adequadamente diluída; para evitar extravasamento, precauções devem ser tomadas quando a prometazina for administrada por via intravenosa. Corticosteroides, incluindo dexametasona e metilprednisolona, costumam ser administrados uma vez ao dia em conjunto com um antagonista do receptor de serotonina. A combinação de um inibidor 5-HT 3 com dexametasona demonstrou ser mais eficaz do que o uso de um inibidor 5-HT 3 isoladamente para

• Histórico de enjôo durante viagens. • Obstrução intestinal total ou parcial.

• Disfunção vestibular. • Metástases cerebrais. • Anormalidades eletrolíticas: hipercalcemia, hiperglicemia ou hiponatremia. • Tratamento concomitante com opioides. • Ascite maligna. • Gastroparesia (esvaziamento gástrico tardio) causada por tumor ou quimioterapia (p. ex., induzida por vincristina) ou outras causas (p. ex., diabetes) (NCCN, 2017c). • Risco emetogênico pelo local de radioterapia – envolve alto risco com irradiação corporal total; risco moderado com radiação da parte superior do corpo e do abdômen; baixo risco com radiação de crânio, crânio-espinhal, cabeça, pescoço e pelve; e risco mínimo com radiação nas extremidades (Basch et al., 2011). • Receber radioterapia simultaneamente com quimioterapia pode aumentar as náuseas e vômitos. Tratamento médico O objetivo da terapia antiemética é aliviar os sintomas de náusea e vômito e proporcionar a melhor qualidade de vida possível.

Capítulo 8. Toxicidade e Tratamento de Sintomas 241

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