PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

da capacidade de difusão do monóxido de carbono pelos pulmões (DLCO). A gravidade dos sintomas de pneumonite pode ser classificada com os Critérios Comuns de Terminologia para Eventos Adversos – CTCAE (ver Apêndice F) ou conforme o protocolo de tratamento específico. Fatores de risco • Regimes de quimioterapia que incluem bleomicina, bussulfano, ciclofosfamida, carmustina, fludarabina, lomustina, melfalano, metotrexato, oxaliplatina, paclitaxel ou procarbazina ( Josephson e Goldfarb, 2014). A mitoxantrona também pode contribuir. • Os agentes de bioterapia que causam pneumonite de hipersensibilidade são o bortezomibe, imatinibe e talidomida (Barber e Ganti, 2011). • O nivolumabe pode causar pneumonite imunomediada. • Há relatos de que regimes de tratamento contendo bleomicina administrada em combinação com ciclofosfamida, vincristina, doxorrubicina ou metotrexato podem aumentar o risco. • Doses totais de bleomicina acima de 400 UI. • Regimes de tratamento que incluem rituximabe. Um aumento na incidência de pneumonite intersticial tem sido associado à combinação específica de rituximabe mais ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona em adultos (Lim et al., 2010; Salmasi et al., 2015). A maioria dos casos ocorreu após o 3º ciclo ou posterior. Embora seja raro, isso pode resultar em morbidade significativa. • Regimes de tratamento que incluem a administração de qualquer um dos agentes quimioterápicos listados acima em conjunto com radioterapia (incluindo regimes de condicionamento para transplante de células-tronco), especialmente quando os pulmões recebem 20 Gy ou mais. • Campos de radioterapia que envolvam irradiação parcial ou total do pulmão ou irradiação total do corpo; geralmente ocorre dentro de um a três meses após a conclusão da radioterapia ( Josephson e Goldfarb, 2014). • Neutropenia

Tabela 8.8. Efeitos colaterais comuns (sistema respiratório) Efeitos colaterais comuns (sistema respiratório) Agente

Alterações assintomáticas em testes de função pulmonar (alterações restritivas e diminuição da capacidade de difusão do monóxido de carbono pelos pulmões) a Pneumonite inflamatória intersticial inespecífica

Bleomicina Carmustina b

Bleomicina b,c Bussulfano d Carmustina b,d Ciclofosfamida c,d

Dasatinibe e Everolimo e Imatinibe e

Metotrexato b,c Mitoxantrona b Nivolumabe f Ofatumumabe e Procarbazina b Rituximabe e Sorafenibe e Tensirolimo e Talidomida e Trastuzumabe e

Edema pulmonar não cardiogênico (edema alveolar) Síndrome do extravasamento capilar (edema intersticial)

Citarabina b Rituximabe

Ácido all-trans retinoico Clofarabina

Dinutuximabe Interleucina-2 Paclitaxel b Rituximabe e Bortezomibe e Dasatinibe e Imatinibe e Ciclofosfamida Alentuzumabe e

Hipersensibilidade (sintomas respiratórios em combinação com hipotensão, angioedema ou broncoespasmo)

• Infecções bacterianas ou virais. • Doença pulmonar preexistente.

Efusões pleurais

• Pouca excreção renal do agente quimioterápico, como bleomicina, que pode aumentar a toxicidade pulmonar. Tratamento médico • O tratamento médico pode incluir broncodilatadores ou corticosteroides; antimicrobianos ou antivirais também podem ser adicionados se houver preocupação com infecções secundárias. • Oxigenoterapia pode ser administrada, se indicada, para manter um nível de saturação superior a 94%. Suporte ventilatório pode ser necessário. Deve-se ter cuidado para evitar altas concentrações de oxigênio em pacientes que receberam terapia com bleomicina. • Além do monitoramento da saturação de oxigênio, o teste de função pulmonar pode ser usado para acompanhar a resolução da pneumonite. Os resultados dos testes de função pulmonar podem determinar ajustes na dosagem da quimioterapia. • Para minimizar o risco, é utilizado tratamento profilático para prevenir Pneumocystis jirovecii , e uma vacina anual contra influenza é recomendável.

Hemorragia pulmonar

De: a “Pulmonary Function Abnormalities in Childhood Cancer Survivors Treated With Bleomycin”, por A. De, I. Guryev, A. LaRiviere, R. Kato, C. P. Wee, L. Mascarenhas, . . . R. Venkatramani, 2014, Pediatric Blood and Cancer, 61 (9), pp. 1679–1684. doi:10.1002/pbc.25098; b “Pulmonary Complications of Childhood Cancers”, por M. B. Josephson e S. B. Goldfarb, 2014, Expert Review of Respiratory Medicine, 8 (5), pp. 561–571. doi:10.1586/1747634 8.2014.923311; c “Management of Uncommon Chemotherapy-Induced Emergencies”, por C. Morgan, T. Tillett, J. Braybrooke, e T. Ajithkumar, 2011, Lancet Oncology, 12 (8), pp. 806–814. doi:10.1016/S1470-2045(10)70208-4; d “Pulmonary Complications of Childhood Cancer Treatment”, por A. B. Versluys e D. Bresters, 2016, Paediatric Respiratory Reviews, 17, pp. 63–70. doi:10.1016/j.prrv.2015.09.004; e “Pulmonary Toxicities From Targeted Therapies: A Review”, por N. A. Barber e A. K. Ganti, 2011, Targeted Oncology, 6 (4), pp. 235–243. doi:10.1007/s11523-011-0199-0; f “Immune Checkpoint Inhibitors: An Innovation in Immunotherapy for the Treatment and Management of Patients With Cancer”, por J. Dine, R. Gordon, Y. Shames, M. K. Kasler e M. Barton-Burke, 2017, Asia-Pacific Journal of Oncology Nursing, 4 (2), pp. 127–135. doi:10.4103/apjon.apjon_4_17.

226 Plano de Estudos de Quimioterapia e Bioterapia Pediátrica: Quarta Edição

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