PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

reduzir a replicação e simplificar processos, os quatro grupos de estudos cooperativos focados em pediatria se fundiram no Children’s Oncology Group (COG) ( Figura 2.3 ). Com a fusão, novas iniciativas de pesquisa se desenvolveram, e as taxas de cura melhoraram a um ritmo muito mais acelerado do que qualquer instituição individual teria alcançado sozinha. Atualmente, o COG inclui mais de 210 hospitais e tem mais de 7.000 integrantes, de todas as disciplinas de pesquisa, incluindo médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros. Mais de 60% das crianças com menos de 16 anos de idade com câncer estão cadastradas em protocolos do COG, com apoio do NCI (CureSearch, 2019). A especialidade de enfermagem oncológica pediátrica A enfermagem oncológica pediátrica começou a evoluir como especialidade na década de 1950. Nessa época, os enfermeiros eram identificados como “enfermeiros de terapia tumoral”. Os cuidados de enfermagem de pacientes com câncer envolviam o fornecimento de medidas de conforto, pois poucos pacientes sobreviviam mais de seis semanas. O Dr. Sidney Farber foi o primeiro a introduzir a abordagem em equipe na oncologia pediátrica. Essa equipe era composta por enfermeiros, médicos, radiologistas, cirurgiões, um assistente social e um especialista em desenvolvimento infantil (Forte, 2001). Com a evolução da quimioterapia, os cuidados de enfermagem se tornaram mais complexos. Enfermeiros administravam a quimioterapia, instruíam as famílias a respeito do tratamento e coordenavam os cuidados. Na década de 1960, os enfermeiros começaram a ter formação em coleta de dados e passaram a realizar avaliações pediátricas como parte dos esforços da pesquisa clínica. Organização profissional Em 1976, a Association of Pediatric Oncology Nurses (APON) foi estabelecida, criando oportunidades de networking e formação para enfermeiros oncológicos pediátricos. Na década de 1980, a enfermagem oncológica pediátrica se concentrava nos cuidados com a criança e a família e no desenvolvimento de uma ampla base de conhecimento de cânceres pediátricos, tratamentos e efeitos colaterais. O Programa para Prestadores de Serviços de Quimioterapia e Bioterapia Pediátrica foi criado em 2004. Esse programa foi criado para promover a consistência no conhecimento e na prática da administração de quimioterapia. Em 2006, a APON se tornou a Association of Pediatric Hematology/Oncology Nurses (APHON), em reconhecimento ao fato de que a maioria dos integrantes cuidavam de pacientes de hematologia, além dos de câncer. O escopo dos cuidados também se expandiu, incluindo adolescentes e jovens adultos. Certificação Em outubro de 1993, 445 enfermeiros fizeram o primeiro exame nacional de certificação em oncologia pediátrica. Dos primeiros enfermeiros que fizeram o exame, 68,5% foram aprovados (Williams, McMahon, Hasenhauer, Penoyer e Wilson, 1995). Em 2010, após um estudo de delineação de funções, o conteúdo hematológico foi acrescentado ao exame de certificação (Oncology Nursing Certification Corporation, 2016). Em 2016, havia 2.878 enfermeiros certificados em hematologia/oncologia pediátrica (CPHONs) e enfermeiros certificados em oncologia pediátrica (CPONs) com endereço domiciliar nos Estados Unidos e 69 fora dos Estados Unidos (correspondência por e-mail com P. Asfahani, 11 de abril de 2017). Os cuidados de enfermagem com pacientes em terapia contra o câncer incluem cuidados físicos, instrução e apoio aos pacientes e famílias durante o diagnóstico e ao longo de todo o período de tratamento. A especialidade de enfermagem

oncológica pediátrica se dedica a prestar cuidados colaborativos e centrados na família.

Características de células cancerosas O CICLO CELULAR Todas as células, normais e malignas, passam por um ciclo de vida que inclui um período de proliferação e um período de não proliferação. O período de proliferação é comumente chamado de ciclo celular e consiste em uma sequência de eventos que leva à produção de duas células-filhas ( Figura 2.4 ). Essa série bem-controlada de eventos se divide em quatro fases sequenciais. A parte do ciclo na qual não há divisão é chamada de intérfase e é composta por três fases: G 1 , S e G 2 . Durante a intérfase, a célula tem um período de duplicação do DNA (a fase S), ladeada por momentos de crescimento (G 1 e G 2 ) em preparação para a divisão. A célula sofre divisão durante a fase chamada de mitose (a fase M). Em uma população específica de células (por exemplo, células da medula óssea), em um dado momento, nem todas as células estão em ciclo celular ativo ao mesmo tempo. Em vez disso, elas estão se diferenciando e amadurecendo para realizar suas funções celulares designadas (Tortorice, 2017). As células que não estão ativamente proliferando estão na fase G 0 . Fases do ciclo celular Na fase G 0 , a célula está desempenhando sua função programada; ela não está se dividindo ativamente nem se preparando para se dividir. Células na fase G 0 não são tão suscetíveis aos efeitos da quimioterapia, pois não estão na fase ativa do ciclo celular (Tortorice, 2017). As células podem permanecer temporária ou permanentemente na fase G 0 . Algumas células ficam quiescentes quando estão totalmente amadurecidas ou terminalmente diferenciadas. Algumas células se retiram permanentemente do ciclo celular ativo (p. ex.,

Figura 2.4. O ciclo celular

De Richard Wheeler, derivada em inglês, 25 de janeiro de 2011 (original por Zephyris, 2006), Wikimedia Commons, disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cell_Cycle_2-2.svg.

8 Plano de Estudos de Quimioterapia e Bioterapia Pediátrica: Quarta Edição

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