PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

Tabela 8.7. Avaliação de diabetes insipidus e SIADH

Diabetes insipidus (poliúria e desidratação)

SIADH (oligúria e super-hidratação)

Avaliação Mecanismo

Secreção inadequada de ADH (diabetes insipidus central) Resposta renal inadequada ao ADH (diabetes insipidus nefrogênico)

Aumento da secreção de ADH

Excreção excessiva de fluidos (ambos)

Retenção intravascular de fluidos Letargia, confusão Alterações do estado mental Náusea, anorexia Diminuição do reflexo de tendões profundos

Sintomas físicos

Geral

Polidipsia extrema Poliúria extrema

Sintomas de desidratação

Sim (pele e mucosa ressecadas, olhos fundos)

Não

Peso

Diminuição

Aumentado

Edema

Não

Não

Débito urinário

Aumento acentuado

Diminuição

Sódio

Soro

Aumento (por desidratação)

Diminuição (dilucional)

Urina

Diminuição

Aumentado

Osmolaridade ou osmolalidade

Soro

Aumentado

Diminuição

Urina

Diminuição

Aumentado

GE da urina

GE

Muito baixo

Aumentado

Administração

Administração de fluidos Desmopressina

Restrição de fluidos Diuréticos

Nota. ADH = hormônio antidiurético; GE = gravidade específica; SIADH = síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético.

O DDAVP aumenta a permeabilidade dos dutos coletores dos rins, para que a reabsorção de água aumente e o equilíbrio entre fluidos e eletrólitos intracelulares e extracelulares seja restaurado. O DDAVP pode ser administrado por via intranasal, oral, intravenosa ou por injeção subcutânea. Normalmente é administrado duas vezes ao dia, com a dose individual titulada para obter a resposta desejada. Após a administração de DDAVP, é importante não hidratar em excesso, pois isso pode resultar em hiponatremia dilucional. Também é necessário permitir a micção entre as doses (Saborio, Tipton e Chan, 2000). É necessário ter atenção especial com as necessidades de hidratação quando o paciente não é capaz de consumir líquidos por via oral. O controle do diabetes insipidus nefrogênico envolve a reposição de líquidos (o que ajudará a diminuir os níveis de sódio) e a correção dos desequilíbrios eletrolíticos. Diuréticos à base de clorotiazida e indometacina também têm sido usados (Cheetham e Baylis, 2002). Possíveis complicações • Hipernatremia (se o diabetes insipidus não for tratado). • Desidratação. • Choque hipovolêmico. • Ataques epilépticos. • Coma. • Hiponatremia dilucional (quando DDAVP é administrado e a hidratação com fluidos é aumentada).

Avaliações e intervenções de enfermagem Avaliações

• Avaliar com precisão o balanço hídrico do paciente e seu peso diariamente (ou duas vezes ao dia). Atenção especial aos pacientes que estão sedados, que não estão recebendo nada por via oral ou que não têm um mecanismo de sede intacto. • Monitorar a gravidade específica da urina, eletrólitos séricos e sinais vitais. • Identificar sinais de desidratação, hipotensão e hipovolemia. • Avaliar os efeitos colaterais do DDAVP, incluindo cefaleia, rubor facial, palpitações, agitação, náusea, cólicas abdominais e dor nos locais de injeção. Intervenções • Limitar a administração de fluidos, quando indicado. • Administrar DDAVP quando necessário, de acordo com o estado do paciente. Instrução ao paciente e à família • Instruir pacientes e familiares sobre os sinais e sintomas do diabetes insipidus. • Orientar pacientes e familiares sobre os sintomas a serem relatados. • Ensinar às famílias como administrar o medicamento, quando administrá-lo e quando pode ser necessário repetir as doses.

Capítulo 8. Toxicidade e Tratamento de Sintomas 223

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