• Inibidores da tirosina quinase (Fu et al., 2017; Huillard et al., 2014). • Inibidores de BRAF (p. ex., vemurafenibe) (Fu et al., 2017). • Anticorpos anti-EGFR (p. ex., cetuximabe, panitumumabe) (Fu et al., 2017). • Anticorpos anti-CD20 (p. ex., rituximabe) (Fu et al., 2017). Tratamento médico Dexametasona ou colírio normal são prescritos para diminuir a inflamação e irritação associadas a certos agentes quimioterapêuticos, especialmente durante terapia com altas doses de citarabina (doses superiores a 1 g/m 2 ). A administração profilática de colírio geralmente começa com o início da terapia com citarabina e continua por 24–48 horas após a administração da última dose. Possíveis complicações • Fotofobia e dor autolimitadas. • Ulceração da córnea. Avaliações e intervenções de enfermagem Avaliações • Avaliar o paciente quanto a sinais de irritação da córnea ou conjuntiva. • Avaliar o paciente quanto a outros sintomas, como crostas nos cílios, que podem indicar uma causa infecciosa da conjuntivite em vez de apenas um efeito colateral da quimioterapia. Intervenções • Administrar doses profiláticas de colírio. • Oferecer outras medidas de conforto, como aplicação de compressas frias e diminuição da luminosidade. Instrução ao paciente e à família • Ensinar os pacientes e familiares a administrar colírios profiláticos. • Orientar pacientes e familiares a observarem sintomas de conjuntivite. • Orientar os pacientes a evitarem o uso de lentes de contato quando estiverem recebendo quimioterapia que possa causar conjuntivite. FOTOFOBIA Definição A fotofobia é caracterizada pelo aumento da sensibilidade à luz. Sintomas Os sintomas incluem lacrimejamento excessivo, visão turva e cefaleia. A fotofobia costuma ocorrer durante a administração de medicamentos e pode continuar por vários dias após a conclusão da terapia. A gravidade dos sintomas da fotofobia pode ser classificada com os Critérios Comuns de Terminologia para Eventos Adversos – CTCAE (ver Apêndice F) ou conforme o protocolo de tratamento específico. Fatores de risco • Regimes de tratamento com citarabina. • Dinutuximabe, que pode causar fotofobia, visão turva, pupilas fixas ou desiguais, ptose palpebral, midríase e papiledema (Bartholomew et al., 2017; Lexicomp, 2017). • Crizotinibe (DAVIS, 2016). • Inibidores de BRAF (p. ex., vemurafenibe) (Davis, 2016).
Tratamento médico O tratamento médico da fotofobia envolve intervenções para reduzir o desconforto. Avaliações e intervenções de enfermagem Avaliações • Avaliar o paciente quanto a lacrimejamento excessivo, olhos semicerrados ou visão turva. • Manter a atenção para distinguir a fotofobia simples da fotofobia como sintoma de meningite ou aracnoidite, quando pode estar acompanhada de outros sintomas mais perigosos, como rigidez da nuca e irritabilidade. Intervenções • Diminuir a intensidade da luz ambiente. • Promover o uso de óculos de sol para proteger os olhos. Instrução ao paciente e à família • Orientar pacientes e familiares sobre a importância de proteger os olhos, evitando luzes intensas e usando óculos de sol. • Ensinar os pacientes e familiares a aplicarem lágrimas artificiais para manter a conjuntiva úmida. • Ensinar os pacientes e familiares a observarem sinais de fotofobia. Muitos agentes quimioterápicos e terapias moleculares direcionadas podem afetar os olhos. Os olhos são sensíveis a terapias direcionadas, especialmente inibidores de moléculas pequenas, porque várias das moléculas sinalizadoras, que são alvo da terapia de combate ao câncer, também estão presentes no tecido ocular. A Tabela 8.6 apresenta alguns dos eventos adversos oculares mais comuns que podem ser relatados pelo paciente ou avaliados pelo enfermeiro. Sistema endócrino O sistema endócrino é composto por um grupo de glândulas responsáveis pela regulação hormonal. Essas glândulas incluem a hipófise, hipotálamo, tireoide, timo, pâncreas, adrenal, ovários e testículos. Os hormônios ajudam a regular o crescimento e desenvolvimento, emoções, metabolismo, reprodução e função sexual. Quimioterapia, radioterapia e alguns tumores podem perturbar o equilíbrio normal da secreção de hormônios. Embora a maioria dos efeitos no sistema endócrino ocorra tardiamente, existem algumas toxicidades da quimioterapia que podem ocorrer durante o tratamento. INSUFICIÊNCIA INSULÍNICA Definição A insuficiência insulínica ocorre quando há quantidades inadequadas de proteína de insulina no organismo para manter a glicose no sangue em níveis normais. Fisiopatologia O uso de corticosteroides pode levar à diminuição da produção de insulina, diminuição da captação de glicose e aumento da glicogênese. Os produtos que contêm asparaginase podem causar danos no pâncreas e diminuir a síntese proteica, incluindo a insulina, resultando em hiperglicemia. Isso é visto com mais frequência durante a indução de LLA, devido ao uso concomitante de asparaginase e glicocorticoides (Yeshayahu, Koltin, Hamilton, Nathan e Urbach, 2015).
220 Plano de Estudos de Quimioterapia e Bioterapia Pediátrica: Quarta Edição
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