PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

American Society of Clinical Oncology ) recomendam o uso de gel tópico à base de baclofeno, amitriptilina e cetamina para alívio dos sintomas de neuropatia periférica em adultos. Diversos agentes neuroprotetores foram testados em adultos, incluindo suplementos de cálcio e magnésio, acetil-L-carnitina, vitamina E, glutationa e ácido all-trans retinoico, mas eles não são recomendados nas mais recentes diretrizes da ASCO (Hershman et al., 2014). Bradfield e colaboradores descobriram que o ácido glutâmico não era benéfico para a prevenção da neurotoxicidade por vincristina em adolescentes com câncer (Bradfield, Sandler, Geller, Tamura e Krischer, 2015). Possíveis complicações

Avaliações e intervenções de enfermagem Avaliações ( Tabela 8.5 ) • Verificar o status neurológico do paciente, incluindo disfunção intestinal e vesical na avaliação basal e regularmente durante a terapia. • Avaliar antes da dosagem adicional e relatar tendências preocupantes. • Avaliar a dor associada à neuropatia periférica no paciente. • Avaliar a ocorrência de alodinia (dor a partir de estímulos que normalmente não causam desconforto, como um leve toque na pele ou pressão de lençóis ou roupas). Intervenções • Ensinar ao paciente técnicas de relaxamento para o tratamento da dor, incluindo exercícios de respiração profunda, meditação, ioga e imagens visuais ou guiadas. • Facilitar o autocuidado e maximizar a funcionalidade e o uso de dispositivos para auxiliar a marcha. • Facilitar o encaminhamento para fisioterapia ou terapia ocupacional. Estimular exercícios de fortalecimento e

• Incapacidade permanente, parestesias. • Constipação que progride para o íleo.

• Arreflexia, atrofia muscular e tensão do tendão calcâneo. • Tropeços, quedas, pé pendente e alteração permanente da marcha. • Síndrome de Reynaud e hipotensão ortostática. • Disfunção intestinal, vesical ou erétil. • Lesões térmicas.

Tabela 8.5. Neurotoxicidades associadas a quimioterapia e bioterapia Disfunção neurológica Agentes Cefaleia

Asparaginase Cetuximabe Etoposido Fludarabina Ipilimumabe Metotrexato Nelarabina Ácido retinoico

A cefaleia, ou dor de cabeça, é um sintoma comum no tratamento do câncer. É importante avaliar a frequência, o início, a qualidade, a intensidade e o padrão das dores de cabeça, especialmente na proximidade da administração de quimioterapia. Uma avaliação neurológica completa deve ser feita com exames de imagem adequados, se indicado.

Rituximabe Tamoxifeno Temozolomida Tisagenlecleucel (terapia com células T-CAR) Trastuzumabe Quimioterapia intratecal de qualquer medicamento

Ataques epilépticos Os ataques epilépticos são mais comumente observados com a administração intratecal de quimioterapia do que com administração oral ou intravenosa. Os fatores de risco incluem radiação craniana, anormalidades eletrolíticas, acidente vascular cerebral, quimioterapia e bioterapia. Os ataques epilépticos podem ser causados também por doença subjacente.

Asparaginase Bussulfano, dose alta

Carmustina Ciclosporina Citarabina Dacarbazina Etoposido Fludarabina Fluorouracil Gemcitabina Ifosfamida Metotrexato Nelarabina

Paclitaxel Vincristina Quimioterapia intratecal de qualquer medicamento

(continua)

214 Plano de Estudos de Quimioterapia e Bioterapia Pediátrica: Quarta Edição

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