PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

medula óssea foram criados. As técnicas para coleta de células- tronco sanguíneas periféricas como fonte de células-tronco hematopoiéticas vêm sendo constantemente refinadas. Em 1988, o primeiro transplante de cordão umbilical bem-sucedido foi realizado (Ballen, Gluckman e Broxmeyer, 2013). A infusão de linfócitos do doador (DLI) foi introduzida na década de 1990. Antes dessa época, pacientes com doença recidivada ou persistente após um transplante alogênico de células-tronco tinham opções de tratamento limitadas. Com a DLI, glóbulos brancos são coletados do doador de células-tronco e infundidos no paciente após o transplante de células-tronco. Esses linfócitos do doador são capazes de atacar e destruir células cancerosas. Os avanços recentes em DLI tiveram foco no aumento dos efeitos de enxerto contra leucemia das células T do doador infundidas, ao mesmo tempo que reduziam as toxicidades relacionadas a DLI frequentes, como GVHD (Chang e Huang, 2013). DESENVOLVIMENTO DA ESPECIALIDADE DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA Desenvolvimento de instalações Com os diversos avanços históricos no tratamento de crianças com câncer, reconheceu-se a necessidade de instalações clínicas especializadas. A primeira unidade de câncer pediátrico dos Estados Unidos foi fundada em 1939, no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, na cidade de Nova York. O primeiro hospital de câncer infantil dedicado, o St. Jude Children’s Research Hospital, foi inaugurado em Memphis, TN, em 1962.

Desenvolvimento especializado Até meados da década de 1930, a pesquisa e o financiamento na área da medicina eram, em geral, escassos. Com o advento da Lei Nacional do Câncer de 1937, aprovada pelo presidente Franklin D. Roosevelt, foi criado o National Cancer Institute (NCI ) . A aprovação dessa lei sinalizou o apoio do governo à pesquisa do câncer (NCI, 2016b). Pesquisadores na área de oncologia pediátrica, reconhecendo a importância da colaboração na busca pela cura, foram os primeiros a adotar estudos em grupos cooperativos (Foley e Fergusson, 2011). Grupos cooperativos de estudo Na década de 1950, o NCI formou dois grupos cooperativos para estudar o tratamento da leucemia em crianças: o Acute Leukemia Chemotherapy Cooperative Group A (ALCCGA) e o Cancer and Leukemia Group B (CALGB). Esses foram os primeiros grupos de estudo cooperativo desenvolvidos para pesquisar o tratamento do câncer (especificamente, a leucemia) em crianças. Os primeiros grupos cooperativos formados para estudar tumores sólidos pediátricos foram o National Wilms Tumor Study Group (NWTSG), em 1969, e o Intergroup Rhabdomyosarcoma Study Group (IRSG), em 1972. Em 1974, o ALCCGA se tornou o Children’s Cancer Study Group (CCSG). Outro grupo de estudo cooperativo pediátrico, o Pediatric Oncology Group (POG), foi formado em 1980 pela união dos ramos pediátricos de dois grupos de oncologistas adultos e pediátricos: o Southwest Cancer Chemotherapy Study Group e o CALGB. Pelos 20 anos seguintes, esses quatro grupos (NWTSG, IRSG, CCSG e POG) conduziram ensaios clínicos que resultaram em acentuados aumentos nas taxas de sobrevida para muitos cânceres pediátricos. Em 2000, para abordar o plano do NCI de

Figura 2.3. Desenvolvimento da especialidade de oncologia pediátrica

Adaptado de “History, Issues, and Trends”, de G. V. Foley e J. H. Fergusson, 2011, em Nursing Care of Children and Adolescents with Cancer (4ª ed., pp. 2–34), ed. C. R. Baggott, D. Fochtman, G. V. Foley e K. P. Kelly. Copyright 2011, Association of Pediatric Hematology/Oncology Nurses.

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Capítulo 2. Visão Geral do Câncer

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