PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

doença primária do SNC ou metástase, bem como tratamento de tumores, como cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou bioterapia. A neurotoxicidade perde apenas para a mielossupressão como fator dose-limitante no tratamento do câncer (Stone e DeAngelis, 2016). Sintomas Os sintomas podem refletir a patologia de um ou mais nervos cranianos. Dependendo da etiologia, os sintomas podem ser temporários ou permanentes. Os sintomas mais comuns em pacientes pediátricos estão associados aos efeitos dos inibidores de microtúbulos (anteriormente conhecidos como

Sistema nervoso

DÉFICITS DE NERVOS CRANIANOS Definição Déficit de nervos cranianos é a alteração funcional de um ou mais dos 12 nervos cranianos ( Tabela 8.3 ). Fisiopatologia O déficit de nervos cranianos pode ser causado por pressão ou invasão dos nervos que têm origem no tronco cerebral. A disfunção também pode ocorrer como resultado de

Tabela 8.3. Nervos cranianos – avaliações e intervenções de enfermagem Nervo craniano Função Avaliação de enfermagem

Intervenção de enfermagem Ensinar sobre segurança envolvendo cheiro de substâncias tóxicas. Fornecer um ambiente seguro para o paciente deambular. Fornecer letras grandes para leitura. Orientar o paciente quanto ao ambiente ao seu redor. Reduzir a iluminação se o paciente apresentar pupilas dilatadas. Fornecer letras grandes para leitura.

I.

Olfatório

Olfato

Avaliar se há perda ou distorção do olfato. Avaliar se há obstrução Avaliar perda de acuidade visual, visão dupla, papiledema, campos visuais alterados. Avaliar a presença de ptose, pupila dilatada ou não reativa, função oculomotora alterada, visão ruim de perto, nistagmo, fenômeno ocular do sol poente.

II.

Óptico

Visão

III.

Oculomotor

Constrição da pupila, movimento das pálpebras e movimentos extraoculares

IV.

Troclear

Movimento ocular para baixo e para dentro

Avaliar se há alteração da função oculomotora, nistagmo. Avalie se há dormência, diminuição do reflexo palpebral, movimentos de mastigação enfraquecidos, dor na mandíbula.

Ajudar com a deambulação. Oferecer um ambiente seguro.

V.

Trigêmeo

Funções motoras da mandíbula e função sensorial da mucosa bucal e nasal, olho e face

Medicamentos para dor na mandíbula, se necessário. Fornecer dieta mole. Administrar lágrimas artificiais para olhos ressecados.

VI. Abducente

Movimento lateral do olho Avaliar se há alteração da função oculomotora, nistagmo.

Fornecer ambiente seguro para deambulação.

VII. Facial

Movimento da testa, ao redor dos olhos, boca; paladar nos dois terços anteriores da língua Audição e equilíbrio

Avaliar a ocorrência de paralisia facial, boca assimétrica, pálpebra inferior flácida, aumento ou diminuição da salivação, prega nasolabial plana. Avaliar perda de audição neurossensorial, zumbido, vertigem, náuseas e vômitos, ataxia.

Sucção do aumento de secreções, se necessário. Auxiliar com a alimentação, se necessário. Realizar testes auditivos de rotina durante toda a terapia. Monitorar os efeitos colaterais dose- limitantes da quimioterapia Fornecer um ambiente seguro para o paciente deambular em caso de ataxia. Oferecer alimentos temperados se o paciente não apresentar mucosite. Auxiliar com a alimentação, se necessário. Consultar um fonoaudiólogo, se necessário.

VIII. Auditivo

IX.

Glossofaríngeo

Funções sensoriais da faringe e língua posterior, incluindo paladar Função sensorial e motora da faringe e laringe, movimento do palato

Avaliar se há alteração de paladar e de sensibilidade da garganta.

X.

Vago

Avaliar a ocorrência de rouquidão, alterações do reflexo faríngeo, alterações da deglutição, disfonia, paralisia das cordas vocais. Avaliar a capacidade de se alimentar com segurança. Avaliar a inclinação da cabeça para um dos lados, fraqueza dos músculos do ombro.

XI.

Espinhal

Função motora dos músculos esternomastoideo e trapézio Função motora da língua

Ensinar exercícios de amplitude de movimento, se necessário.

XII. Hipoglosso

Avaliar ocorrência de desvio da língua para um dos lados, disartria, disfagia.

Auxiliar com a alimentação, se necessário.

Nota . In: N. E. Kline, R. Bryant, C. Carlson, M. C. Hooke, and C. Nixon, 2014, Essentials of Pediatric Hematology/Oncology Nursing: A Core Curriculum (4th ed.). Chicago, IL: Association of Pediatric Hematology/Oncology Nurses. Copyright 2014, the Association of Pediatric Oncology Nurses. Adaptado com permissão.

Capítulo 8. Toxicidade e Tratamento de Sintomas 211

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