• Quais são as preferências dos membros da família em relação a estratégias de aprendizado? (Observe que diferentes membros da família podem ter diferentes estilos de aprendizado.)
detalhadas sobre os sinais e sintomas a serem relatados, quando e como entrar em contato com a equipe de oncologia e o cronograma de medicações a serem administradas em casa. Incentive as famílias a ter os medicamentos prescritos antes da alta, para que eles possam analisar as medicações e tirar dúvidas. O enfermeiro deve revisar o nome da medicação (genérico e comercial), indicações de uso, interações medicamentosas, considerações especiais e instruções de administração. Os cuidadores devem ser conscientizados a respeito do nome, concentração, dose e coloração das medicações. Técnicas de medição de medicação e os tipos de alimentos e bebidas que podem ser ingeridos ou misturados com a medicação (ou que devem ser evitados) também devem ser revistos. A instrução e os cuidados da alta devem abranger os seguintes tópicos (observe que os tópicos em negrito foram identificados como sendo de abordagem essencial para cada paciente recém-diagnosticado e sua família antes da alta de uma hospitalização inicial [Haugen et al., 2016; Landier et al., 2016; Rodgers et al., 2016]): • Como e quando entrar em contato com os serviços de emergência e a equipe de saúde de oncologia • Definição e administração de febre • Processo de doença • Plano de tratamento • Efeitos colaterais do tratamento • Medicações • Plano de alta; consultas de acompanhamento • Requisitos especiais de home care • Atividades e participação escolar • Nutrição • Suplementos nutricionais e vitaminas • Recursos comunitários. Todas as instruções verbais e por escrito sobre medicações devem incluir as seguintes informações: • Nome da medicação, dose, administração, cronograma e datas de início e fim. • Se necessário, administrar qualquer pré-medicação para náusea ou vômitos 30 minutos antes do horário programado para administração da quimioterapia. • Uso de uma seringa do tipo oral para administrar a dose exata de medicamentos líquidos e minimizar derramamentos e resíduos. • Diretrizes de administração específicas • Instrução para tomar a medicação de estômago vazio ou na hora de ir para a cama, conforme adequado. • Informações sobre interações entre alimentos e medicamentos. • Uso de picolés ou lascas de gelo aromatizadas para entorpecer a língua. • Uso de alimentos doces ou xarope aromatizado para disfarçar o sabor da medicação. • Instruções para manter todas as medicações fora do alcance de crianças. • Instruções para usar luvas descartáveis ao administrar quimioterapia. Algumas estratégias que as famílias podem achar úteis em casa são: • Manter um diário ou registro das medicações. • Usar o roteiro do paciente para ajudar a organizar as medicações.
– Instruções audiovisuais. – Instruções por escrito. – Demonstração prática. – Instruções verbais. • Existem obstáculos ao aprendizado? – Idioma.
– Incapacidades físicas (p. ex., cegueira, surdez). – Práticas culturais ou religiosas que podem afetar o aprendizado. – Deficiência cognitiva ou de aprendizado. – Obstáculos emocionais ou disposição para aprender. PRINCÍPIOS-CHAVE PARA A INSTRUÇÃO DO PACIENTE E DA FAMÍLIA Os enfermeiros desempenham um papel crucial na instrução de crianças e adolescentes com câncer e suas famílias. O enfermeiro envolvido em instruir o paciente e a família deve reconhecer o equilíbrio entre o volume de informações que precisam ser fornecidas e a disposição da família para receber essas informações ( Figura 7.14 ). Pacientes e famílias não serão capazes de aprender tudo em uma única e longa sessão. Pais e cuidadores são capazes de reter melhor as informações quando elas são fornecidas em blocos menores, distribuídos ao longo do tempo (Rodgers, Stegenga, Withycombe, Sachse e Kelly, 2016). Também é importante que o enfermeiro avalie o que o paciente e a família já sabem usando estratégias como demonstrações de retorno, situações do tipo “e se…” e oportunidades de inversão de papéis entre professor e aluno. Entre os princípios-chave que orientam o enfermeiro ao fornecer instrução ao paciente e à família estão os seguintes: • A instrução deve ser centrada no paciente e na família. • Um diagnóstico de câncer é algo avassalador; portanto, o paciente e a família precisam de tempo para processar as informações (tanto o diagnóstico quanto suas próprias emoções) e determinar como administrar o diagnóstico, dadas suas próprias circunstâncias de vida (p. ex., renda, emprego e apoio). • A didática precisa ser de alta qualidade para preparar o paciente e a família para a alta para casa. • A instrução do paciente e da família precisa ser interdisciplinar e ocorrer durante o contínuo dos cuidados em cada visita (paciente de internação ou não). • O aprendizado é otimizado quando o ambiente didático é de apoio (Landier et al., 2016). Ao ajudar na preparação da família de um paciente com câncer antes da alta inicial, é necessário entender como esse processo parece assustador e avassalador. Primeiro, é preciso entender as emoções que são associadas ao diagnóstico, juntamente com a incerteza a respeito do resultado. É essencial que pacientes e famílias entendam os efeitos colaterais dos agentes quimioterapêuticos e medicações de cuidados de apoio antes de a terapia começar. Eles devem ter conhecimento e informações por escrito a respeito das medicações administradas, dos efeitos colaterais esperados ou possíveis, das complicações do tratamento e das considerações sobre manipulação segura. Inclua cronogramas de quando os efeitos colaterais podem ocorrer. As famílias precisam de informações
Capítulo 7. Administração de Quimioterapia e Bioterapia 197
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