PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

NATIONAL CANCER INSTITUTE: EVENTOS ADVERSOS O National Cancer Institute (NCI) usa o termo eventos adversos para descrever efeitos colaterais do tratamento do câncer. Se os profissionais de saúde forem monitorar atentamente a resposta do paciente à terapia, e os pesquisadores forem classificar e registrar os eventos adversos, é crucial que os enfermeiros documentem a resposta do paciente à quimioterapia com detalhes suficientes. Por exemplo, para classificar eventos adversos do trato gastrointestinal, o número de episódios de vômitos em um período de 24 horas e o caráter de cada episódio (p. ex., volume, náusea associada, êmese marcada por sangue, presença de sangue vivo) precisam ser documentados. A avaliação do paciente e a subsequente documentação dos cuidados precisam incluir evidências de efeitos colaterais, conforme definidas pelo Programa de Avaliação da Terapia para o Câncer (CTEP) do NCI nos Critérios Comuns de Terminologia para Eventos Adversos (CTCAE, Versão 5.0; ver Apêndice F ). O NCI criou os critérios em 1982, para padronizar e melhorar a exatidão dos relatos dos efeitos colaterais dos medicamentos de estudos investigacionais. Eventos adversos são categorizados ou classificados com base na anatomia ou fisiopatologia (ver exemplo na Tabela 7.7). Investigadores-chefes, enfermeiros pesquisadores, pesquisadores clínicos adjuntos e gestores de dados costumam ser responsáveis por classificar a gravidade de eventos adversos atribuídos aos medicamentos em estudos de tratamento do câncer. Eventos adversos são classificados de 1 a 5 da seguinte maneira: 1 = Evento leve; sem indicação de intervenção. 2 = Evento moderado; indicação de intervenção mínima local ou não invasiva. 3 = Evento grave; medicamente significativo, mas não é potencialmente fatal de imediato; indicação de hospitalização ou prolongamento da hospitalização. 4 = Evento potencialmente fatal; indicação de intervenção urgente. 5 = Óbito . Eventos adversos descritos em formulários de consentimento para planos e protocolos de tratamento do câncer são categorizados de acordo com sua probabilidade de ocorrência. Enfermeiros que administram agentes quimioterapêuticos e bioterapêuticos devem ter ciência dos eventos adversos ou efeitos colaterais que têm probabilidade de ocorrer e devem incluir essas informações no plano de instrução ao paciente e à família.

Considerações sobre desenvolvimento As percepções das crianças a respeito de doenças e dor são influenciadas por muitos fatores: idade cronológica e estágio de desenvolvimento cognitivo; relações entre pais e filhos e ambiente cultural; experiências anteriores com doença, dor e morte; o diagnóstico específico; se a doença é aguda ou crônica; e se ela é evidente. O tipo de regime de tratamento pelo qual a criança passa e os efeitos colaterais relacionadas também influenciam a percepção da criança em relação à doença ( Tabela 7.8, p. 190). Avaliação reações à perfusão e instrução à família Crianças e adolescentes com câncer que estejam recebendo terapia para o câncer, além de suas famílias, fazem parte da equipe de tratamento. Os enfermeiros precisam fazer uma parceria com as famílias para maximizar a participação delas. A instrução ao paciente e à família deve ser projetada de forma a desenvolver as habilidades, conhecimentos e atitude necessários para manter a saúde de cada integrante da família. A instrução ao paciente e à família é uma função central do enfermeiro de oncologia pediátrica (Landier et al., 2016). A APHON identifica a instrução ao paciente e à família como um dos componentes-chave essenciais para o fornecimento de “cuidados de enfermagem holísticos, especializados e baseados em evidências” a crianças com câncer e suas famílias. Nas normas da APHON para prática de enfermagem em hematologia/ oncologia pediátrica, um componente da instrução ao paciente e à família é incorporado aos critérios de medição de cada uma das seis normas (Nelson e Guelcher, 2014). A instrução ao paciente e à família deve ser fornecida de forma verbal e por escrito. O processo de ensino e aprendizado deve se iniciar antes do começo da terapia e continuar a intervalos regulares ao longo de toda a duração do tratamento e durante os cuidados de acompanhamento de longo prazo ( Figura 7.13 ). Essa comunicação de informações necessárias precisa ocorrer em um nível que possa ser compreendido pelo paciente e pela família. Uma avaliação abrangente das necessidades de aprendizado precisa ser realizada no encontro inicial e também periodicamente ao longo de todo o tratamento. A avaliação das necessidades de aprendizado do paciente e da família deve incluir a resposta para as seguintes perguntas: • O que o paciente e a família já entendem? • Quais são as preocupações imediatas para a família?

Figura 7.14. Processamento de informações pelos pais após o diagnóstico de câncer de uma criança

De “Processing Information After a Child’s Cancer Diagnosis—How Parents Learn: A Report From the Children’s Oncology Group”, por C. C. Rodgers, K. Stegenga, J. S. Withycombe, K. Sachse e K. P. Kelly, 2016, Journal of Pediatric Oncology Nursing, 33(6), pp. 447–459, doi:10.1177/1043454216668825.

196 Plano de Estudos de Quimioterapia e Bioterapia Pediátrica: Quarta Edição

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