• Concluir a preparação e a instrução ao paciente e à família, de acordo com a idade do paciente. A instrução inclui ensinar o paciente a relatar imediatamente qualquer mudança na sensação, sensações de vazamento e dor ou desconforto enquanto as medicações estão sendo infundidas. • Certificar-se de que a contagem de plaquetas do paciente esteja adequada antes da inserção IV. Consultar o profissional de saúde prescritor caso haja alguma preocupação. Se o paciente estiver levemente trombocitopênico, após o cateter ser retirado, aplicar pressão diretamente no local da venopunção por 5 minutos para evitar a formação de hematoma. • Medidas para reduzir a dor localizada antes da inserção do cateter PIV: – Aplicação de gelo (10–20 minutos antes do procedimento). – Aplicação de creme de lidocaína/prilocaína (1 hora antes do procedimento). – Aplicação de lidocaína 4% (20–30 minutos antes do procedimento). – Aplicação de lidocaína suavizada (p. ex., J-TIP) (imediatamente antes do procedimento). • Manter uma abordagem interdisciplinar ao gerenciamento da ansiedade e da dor, com envolvimento de serviços de desenvolvimento infantil. • Cobrir o local com curativo transparente para permitir a inspeção visual, de forma que sinais de extravasamento ou infiltração possam ser prontamente identificados. • Todos os tubos conectados ao dispositivo de acesso sem agulha ou tampa de injeção precisam usar conectores de trava Luer para garantir que permaneçam fixos. Considerações de enfermagem para administração de vesicantes via cateter PIV • Não usar um cateter PIV que já esteja em uso há mais de 24 horas. • Usar o cateter com o menor calibre possível. • Se uma tentativa de administração IV for malsucedida, novas tentativas devem ser proximais à tentativa anterior ou no membro oposto. • Jamais administrar um vesicante sem ter um retorno sanguíneo rápido (isso deve ser avaliado antes, durante e após a administração). – Documentar o retorno sanguíneo rápido no prontuário médico. – Avaliar o retorno sanguíneo a cada 2–5 ml para bolus IV, e a cada 6–10 minutos durante uma infusão (menos de 60 minutos); permanecer com o paciente durante toda a infusão. • Limitar a infusão de vesicante periférico a bolus IV ou infusões com duração inferior a 60 minutos. • Não usar bomba de infusão para administração de vesicante periférico. • Interromper a infusão ao primeiro sinal de extravasamento (perda de retorno sanguíneo, vermelhidão ou inchaço perto do local da venopunção) ou se o paciente se queixar de dor, ardência, picadas ou uma sensação de fluido sobre a pele. Cateteres venosos Cateteres venosos centrais Os CVCs são comumente usados para pacientes oncológicos ( Tabela 7.1 e Tabela 7.2 ). A escolha do CVC deve ser baseada na duração da terapia e no tipo de diagnóstico de
câncer ( Figura 7.7 ). Deve-se considerar a possibilidade de ports implantados ou um CVC tunelizado com bainha para necessidades de infusão de longo prazo. Normalmente, os CVCs são inseridos na sala de cirurgia, na radiologia interventiva ou, em alguns casos, no leito. • Entre os CVCs temporários estão os CVCs não tunelizados e não implantados (p. ex., CVCs jugulares ou femorais internos na unidade de terapia intensiva, determinados CVCs de diálise e linhas de cateter central perifericamente inserido [PICC]). • Entre os CVCs permanentes estão os CVCs tunelizados (p. ex., Broviac, Hickman, CVCs tunelizados power), alguns tipos de CVCs de diálise e os ports implantados (CDC, 2017). Tipos de CVC • Cateteres tunelizados externos (p. ex., Groshong, Broviac, Hickman, CVCs tunelizados power): CVCs permanentes mais comumente colocados no tórax via jugular interna ( JI), jugular externa ou veia subclavicular; o local selecionado deve ser aquele com o menor risco de complicações. Se for difícil selecionar um local, é possível usar CVCs tunelizados externos no abdômen, costas ou extremidades superiores. • Ports implantados (p. ex., Port-a-Cath, Mediport): são CVCs permanentes, normalmente colocados na parte superior de um dos lados do tórax, acima da linha do mamilo; com menos frequência, são colocados nas extremidades superiores ou no abdômen. • PICCs: CVCs temporários intermediários, normalmente colocados nas veias cubital mediana, cefálica, basílica, braquial ou axilar. Os PICCs oferecem maior risco de trombose venosa associada a cateter, especialmente em pacientes com câncer e pacientes que estejam gravemente doentes (Gorski, Hadaway, Hagle, McGoldrick, Meyer, et al., 2016). Considerações de enfermagem para todos os CVCs (externos, implantados, PICCs) • Concluir a preparação e a instrução ao paciente e à família, de acordo com a idade do paciente. • Manter uma abordagem interdisciplinar para gerenciar a ansiedade e a dor, envolvendo a equipe de serviços de desenvolvimento infantil. • Conectores de trava Luer devem ser usados na infusão, a fim de evitar a desconexão. Tabela 7.1. Terminologia relacionada a linhas centrais • CVC = cateter venoso central (termo geral que inclui todos os seguintes) – CVL = Linha venosa central – DAVC = Dispositivo de acesso venoso central – CAVC = Cateter de acesso venoso central • PICC = Cateter central de inserção periférica • PIVAD = Dispositivo de acesso venoso parcialmente implantado (CVC tunelizado externo) • TIVAD = Dispositivo de acesso venoso totalmente implantado – Port venoso – Mediport – Infusaport – Port-a-Cath • Cateter de aférese/diálise: pode ser usado para coleta (temporária de células-tronco); raramente é colocado como CVC permanente
Capítulo 7. Administração de Quimioterapia e Bioterapia 177
Powered by FlippingBook