• Para o deltoide: – Menos de 60 kg: agulha de 5/8 polegadas (esticar a pele firmemente e administrar a um ângulo de 90 graus) – 60-70 kg: agulha de 1 polegada – 70–90 kg para mulheres e 70–118 kg para homens: agulha de 1 a 1½ polegada – 91 kg ou mais para mulheres e mais de 118 kg para homens: agulha de 1½ polegada. Volume da injeção O volume de uma única injeção IM depende do local da injeção e da quantidade de tecido muscular que a criança tem. Consulte a farmácia para preparar medicamentos com um volume mínimo de diluente. • No vasto lateral: administrar 0,5 ml para um bebê e até 2 ml para uma criança. • No músculo deltoide: administrar 0,5–1 ml, pois o deltoide é um músculo pequeno. Procedimento 1. Aplicar gelo ou anestésico tópico no local da injeção antes da administração, para minimizar a dor. Para anestésicos locais, seguir as diretrizes recomendadas institucionais ou do fabricante. 2. Usar EPI adequado, de acordo com as diretrizes da OSHA, NIOSH, USP <800> e institucionais, ao administrar medicamentos por via IM. 3. Estabilizar o local escolhido imediatamente antes da injeção para evitar punções acidentais da agulha, exposição acidental ao medicamento ou injeção no tecido subcutâneo. 4. Esticar firmemente a pele do local escolhido entre o polegar e o dedo indicador, isolando o músculo, ou segurar o tecido e “agrupar” o músculo. 5. Inserir a agulha diretamente no músculo a um ângulo de 90 graus e injetar a quimioterapia ou bioterapia. Não há evidências que corroborem a aspiração antes da administração da medicação (CDC, 2015). 6. Usar agulhas de segurança para minimizar a exposição acidental a ela após a administração do medicamento. 7. Descartar resíduos antineoplásicos de acordo com a OSHA e as políticas e diretrizes institucionais. 8. Registrar o local da injeção, tamanho da agulha, medicação, resposta do paciente e outras informações relevantes, para ajudar a garantir o rodízio dos locais de injeção para injeções subsequentes. Considerações • Se forem necessárias duas injeções, administrar as injeções simultaneamente para reduzir a dor e a ansiedade relacionadas à injeção • Fazer rodízio dos locais e evitar injeção em áreas de sensibilidade preexistente ou equimose ou nódulos de injeções anteriores. • É importante ter ciência da contagem de plaquetas do paciente antes de administrar uma injeção IM. Se o paciente for trombocitopênico, aplicar pressão diretamente no local da injeção para evitar formação de hematoma. • Usar técnicas de gerenciamento da dor não farmacológicas, como distração (focar a atenção em outra coisa), relaxamento, imagens guiadas, contar histórias, estimulação tátil (massagear a pele antes da injeção com intensidade moderada) ou ouvir música (Hockenberry, 2015).
• Concluir a preparação e a instrução ao paciente e à família, de acordo com a idade do paciente. • Concluir as instruções de alta com o paciente e a família. Pacientes e familiares precisam ter ciência dos sintomas e efeitos colaterais relatáveis e saber a quem contatar e como. Injeção intratecal Médicos, médicos assistentes e enfermeiros clínicos administram quimioterapia IT, que é aplicada no LCR de pacientes com leucemia, linfoma e tumores do sistema nervoso central (Menonna-Quinn, 2015). Com frequência, enfermeiros participam do procedimento auxiliando no posicionamento do paciente, administrando sedação ou monitorando o paciente sedado. A quimioterapia IT é preparada e armazenada em uma área separada, claramente identificada com um rótulo informando que é uma quimioterapia IT. Para evitar erros de medicação, a administração de quimioterapia via PL ou um reservatório intraventricular (p. ex., reservatório de Ommaya) deve se limitar a áreas específicas, como a sala de cirurgia ou sala de tratamento, ser realizada como procedimento estéril e jamais ser administrada ao mesmo tempo que a quimioterapia parenteral (Neuss et al., 2016). Poucas medicações podem ser administradas por via intratecal. Cada instituição deve ter disponível uma lista de medicações aprovadas para administração por essa via (Smith, 2009). Medicações IT devem ser diluídas com solução sem conservantes para que se obtenha o volume desejado. Os alcaloides da vinca causam efeitos colaterais neurológicos devastadores se administrados por via intratecal. Para evitar erros na quimioterapia IT e melhorar a segurança dos pacientes, siga estas recomendações do ISMP (2013), da Organização Mundial da Saúde ([OMS], 2007) e de outros (Gilbar e Seger, 2013; Neuss et al., 2013): • Prescrições de quimioterapia IT são escritas como prescrições separadas, independentes de prescrições de quimioterapia IV (Smith, 2009). • Todos o profissionais de saúde que prescrevem, aviam, preparam, administram e transportam medicações antineoplásicas recebem treinamento e instruções específicos relacionados às habilidades que oferecem. • Medicamentos IT são embalados separadamente e claramente rotulados tanto na seringa quanto na embalagem externa com “Apenas para uso intratecal”. • Medicamentos IT são entregues à área de administração separadamente de medicamentos a serem administrados por outras vias. • Medicamentos IT devem ser administrados apenas após os medicamentos prescritos para administração por outras vias terem sido administrados. • A quimioterapia IT deve ser administrada apenas em uma área na qual nenhum outro medicamento antineoplásico esteja acessível. • Vincristina e outros alcaloides da vinca são diluídos e preparados para administração em bolsas IV de 25–50 ml. • Usar um dispositivo que impossibilite a conexão de uma seringa IV contendo vincristina a uma agulha raquidiana (design de “fechadura e chave”) (OMS, 2007). • Vincristina e outros alcaloides da vinca devem ser claramente rotulados tanto na bolsa IV quanto no recipiente externo com “Apenas para uso intravenoso. Fatal se administrado intratecalmente.”
174 Plano de Estudos de Quimioterapia e Bioterapia Pediátrica: Quarta Edição
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