Capítulo 2.
Vis à o Geral do C  ncer
Robyn A. Blacken, BSN RN CPHON ® BMTCN ® Joan O’Hanlon Curry, MS RN CPNP CPON ®
Colleen Nixon, MSN RN CPHON ® Lissa Pocze, MSN RN CPNP CPON ®
Pamela Dockx, BSN RN CPON ® Erin Friedman, BSN RN CPHON ® Michael Hans, MS BSN RN-BC CPON ®
Maritza Salazar-Abshire, MEd MSN RN CPON ® Pat Wills-Bagnato, MSN RN CPNP CPHON ®
Técnicas de imagem, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e tomografia por emissão de pósitrons (TEP), foram usadas para alvejar tumores com maior precisão (American Cancer Society, 2014). No fim do século 20, houve um maior refinamento dos métodos de administração de radiação, incluindo radioterapia conformal e radioterapia de intensidade modulada (IMRT), que usa feixes de fótons correspondentes ao formato do tumor, emitidos de várias direções e com intensidade variável. No início do século 21, a terapia com feixes de prótons foi introduzida. Essa técnica é capaz de administrar doses maiores de radiação ionizante ao tumor, ao mesmo tempo que reduz o dano ao tecido adjacente. Outros avanços tecnológicos recentes, como sensibilizadores de radiação e radioprotetores, aprimoraram o efeito tumoricida da radioterapia (Ermoian, Fogh, Braunstein, Mishra e Haas-Kogan, 2016). Quimioterapia O tratamento do câncer com quimioterapia começou na década de 1940, com a introdução da mostarda nitrogenada, derivada do gás mostarda, que foi usado como arma química nas duas grandes guerras mundiais. Soldados expostos ao gás mostarda desenvolviam grave supressão da medula óssea e aplasia; muitos morreram. Supôs-se que o estudo dos efeitos do gás mostarda poderiam ser úteis para o tratamento do câncer. Pesquisadores da Yale University demonstraram que a mostarda nitrogenada reduzia o linfoma em animais de laboratório. No fim da década de 1940, Sidney Farber fez uma marcante descoberta na pesquisa do câncer pediátrico, relatando que o ácido fólico tinha um efeito proliferativo sobre o crescimento de células leucêmicas em crianças com leucemia linfoblástica. Essa descoberta levou ao desenvolvimento de análogos do ácido fólico como medicamentos anticancerígenos que evitariam o metabolismo de folato. Em 1947, Farber tratou 16 crianças diagnosticadas com leucemia com aminopterina, um predecessor do metotrexato, e 10 delas atingiram remissão temporária (Sullivan, 2014). Na década de 1950, os antibióticos doxorrubicina e bleomicina, e também os antimetabólitos tioguanina e mercaptopurina, foram usados pela primeira vez. As terapias
História do tratamento do câncer ORIGENS DAS MODALIDADES Cirurgia
Desde o final da década de 1800, antes da radioterapia e da quimioterapia, a cirurgia era a principal opção para o tratamento do câncer. Na década de 1930, o Dr. William Ladd, do Boston Children’s Hospital, fundador da especialidade de cirurgia pediátrica, propôs que crianças que passavam por ressecção para tumores se beneficiariam mais com um tratamento feito por um cirurgião especializado na remoção de tumores do que com um tratamento feito por um cirurgião geral. Além disso, durante essa época, médicos e cirurgiões começaram a trabalhar juntos em equipe para tratar de pacientes com câncer. Avanços nas técnicas cirúrgicas e abordagens de tratamento multimodal aumentaram as taxas de sobrevida, ao mesmo tempo que minimizaram os efeitos colaterais do tratamento (Rossetto e Cartwright, 2011). Oncologia de radiação A radioterapia foi introduzida em 1895, com a descoberta dos raios X, da radioatividade e do rádio. Nos momentos iniciais, os pesquisadores tinham compreensão limitada da radiação, e não havia uma maneira confiável de medir a dosagem de radiação. A dose de tratamento era determinada pela quantidade de radiação que resultaria em irritação da pele, chamada de dose eritematosa. No início da década 1920, o tratamento com radiação começou a ser administrado ao longo de vários dias ou semanas. Cerca de dez anos depois, foi introduzida a terapia fracionada: doses diárias menores eram ministradas ao longo de dias sucessivos, dando tempo para que o tecido normal se curasse entre os tratamentos. No início da década de 1950, foi introduzido o equipamento de megavoltagem, o que aprimorou a administração da radiação (Lafond, Bolton e Mannix, 2011). Essas máquinas de alta energia eram capazes de gerar feixes penetrantes, permitindo o tratamento de tumores que estavam profundos no corpo sem danificar excessivamente a pele sobrejacente e o tecido normal adjacente. Na década de 1970, avanços na radiofísica e na tecnologia de informática foram introduzidos no planejamento de tratamentos com radiação.
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