PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

• A adesão a regimes de quimioterapia e bioterapia orais pode ser um desafio, especialmente para adolescentes e jovens adultos. – Uma comunicação clara a respeito da importância da adesão ao plano de tratamento é essencial. – Os cuidadores devem ser responsáveis pelo menos por supervisionar o processo de medicação em casa. – Crianças e adolescentes em idade escolar que sejam responsáveis por tomar a própria quimioterapia ou bioterapia oral precisam ter suas doses verificadas por um adulto, para garantir que não haja confusão a respeito da dose, frequência ou horário. • Deve haver diretrizes estabelecidas para quando uma dose de quimioterapia ou bioterapia oral deve ser repetida se for vomitada. Essas informações podem estar expostas no documento do protocolo ou na política institucional. • Ao administrar quimioterapia ou bioterapia oral, o prestador de serviços de saúde precisa usar equipamento de proteção individual (EPI); ver Tabela 6.2. – Comprimidos não devem ser triturados ou dissolvidos fora de uma cabine de segurança biológica. – Os cuidadores precisam ser instruídos a respeito da manipulação segura de agentes quimioterapêuticos e bioterapêuticos. • As prescrições de agentes quimioterapêuticos e bioterapêuticos para pacientes não internados deve passar por um processo de dupla verificação a fim de conferir a exatidão. • Os cuidadores precisam receber uma lista da medicação domiciliar atualizada no momento da alta do hospital ou após uma consulta clínica. • No hospital, todas as medicações líquidas orais são distribuídas em seringas orais marcadas com “Apenas para uso oral” (se não estiverem disponíveis em doses unitárias) (ISMP, 2016). – Seringas orais são feitas de forma a não serem compatíveis com linhas IV; portanto, não podem ser conectadas por engano.

• Usar dispositivos de medição (seringas, copos e conta- gotas) que exibam apenas a escala métrica. As seringas são o dispositivo preferencial para exatidão na dosagem de medicações líquidas orais. – Pacientes que recebam alta com medicações líquidas orais precisam ter uma prescrição para seringas orais (ou recebê-las), de forma que possam medir com precisão os volumes líquidos orais em casa. • A quimioterapia e a bioterapia orais podem contribuir para oferecer uma sensação de controle ao paciente e à família. A fim de preparar a família para a administração da medicação oral, é importante instruir o paciente e os cuidadores a respeito dos aspectos da administração domiciliar de antineoplásicos, incluindo o seguinte (Neuss et al., 2013): – Armazenamento, manipulação segura, preparo e descarte – Interações entre medicamentos e alimentos – Plano para doses perdidas – Plano para doses vomitadas. Os rótulos das medicações que vão ser fornecidas pela instituição de saúde para serem administradas em casa precisam incluir o seguinte (Neuss et al., 2016): • Nome do paciente e segundo identificador do paciente, como número do prontuário médico • Nome genérico completo do medicamento • Forma e concentração da dosagem do medicamento • Quantidade aviada • Número de comprimidos por dose, se o recipiente contiver mais de uma dose • Cronograma de administração, incluindo número de vezes ao dia que o medicamento deve ser administrado • Todas as instruções de administração (p. ex., tomar com alimento ou manter refrigerado) • Rótulo indicando que a medicação é quimioterapêutica ou um medicamento perigoso • Nome do prescritor • Data de validade

Figura 7.3. Locais de injeção subcutânea

De “NIH [National Institutes of Health] Clinical Center Patient Education Materials: Giving a Subcutaneous Injection”. Extraído de: https://www.cc.nih.gov/ccc/ patient_education/pepubs/subq.pdf

Capítulo 7. Administração de Quimioterapia e Bioterapia 171

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