PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

– Hidratação (antes e após o tratamento). – Pré-medicação. – Fatores de crescimento. • Diretrizes de monitoramento para diurese, pH da urina ou gravidade específica. Entre outras estratégias de segurança para quimioterapia estão: • Calcular doses de maneira independente para cada agente quimioterapêutico (Belderson e Billett, 2017). Se a dose calculada tiver uma discrepância de 5%–10% (de acordo com os padrões institucionais), notificar o prescritor. • Usar roteiros específicos ao tratamento, incluindo datas nas quais o tratamento foi administrado e anotações a respeito de todos os atrasos ou modificações no tratamento. • Definir uma política que descreva o processo de como novas prescrições ou alterações em prescrições (incluindo cancelamento de prescrições) são comunicadas aos farmacêuticos e enfermeiros e o processo de documentação dessas alterações no prontuário médico do paciente. • Prescrições e doses que sejam diferentes do regime de quimioterapia ou bioterapia precisam ter uma referência documentada que justifique o raciocínio (Neuss et al., 2013). • O uso de checklists e planilhas garante que todas as etapas necessárias sejam seguidas (Belcher e Smart, 2015). Consulte o Apêndice B para ver um exemplo de checklist de pré- administração de quimioterapia. Consulte o Apêndice C para ver um exemplo de planilha de administração de quimioterapia. • Pedidos verbais para quimioterapia ou bioterapia jamais devem ser aceitos. Plano de tratamento individual É essencial que enfermeiros que cuidam de pacientes em tratamento com quimioterapia ou bioterapia tenham conhecimento do plano de tratamento, para garantir que o plano seja seguido corretamente. Limitar a função de administração de quimioterapia ou bioterapia àqueles membros da equipe que receberam instrução e treinamento específicos e são considerados competentes em quimioterapia (de acordo com os critérios da instituição) garante a segurança do paciente. Antes de cada curso de quimioterapia ou bioterapia, dois profissionais de saúde competentes em quimioterapia ou bioterapia devem realizar, de forma independente, uma dupla verificação da prescrição de quimioterapia ou bioterapia e seguir as seguintes etapas (Belcher e Smart, 2015): • Analisar o protocolo de tratamento individual para determinar o plano de tratamento do paciente e todas as atribuições (p. ex., braço ou grupo de risco) ou randomizações. Consulte a Figura 7.2 para ver um exemplo de protocolo ou roteiro para administração da terapia. • Verificar as prescrições em relação ao protocolo de pesquisa ou plano de tratamento. – Para pacientes que não estão sendo tratados de acordo com um protocolo de pesquisa, certificar-se de que o acesso às evidências de apoio (artigo publicado ou plano de tratamento padronizado) esteja disponível (Mueller e Billett, 2016; Neuss et al., 2013). • Analisar o protocolo de tratamento para verificar efeitos colaterais previstos. • Verificar se as prescrições de quimioterapia e bioterapia estão adequadas à doença do paciente e se correspondem ao plano, ciclo, semana e dia de tratamento.

– Confirmar se o intervalo de tempo especificado entre tratamentos programados está adequado. • Avaliar o protocolo do paciente para ver atrasos no tratamento, alterações de dose, cirurgia ou radioterapia que possa alterar o tratamento planejado; esclarecer todas as discrepâncias. • Analisar o protocolo de tratamento individual para verificar se há exames de laboratório, estudos de imagem ou avaliações de função específica de órgãos a serem realizados antes do tratamento. • Verificar se um consentimento esclarecido assinado para o tratamento foi obtido e está disponível para revisão. • Verificar se o mês, dia e ano, incluindo data de início pretendida, estão corretos. • Verificar se o paciente e o cuidador entendem o plano de tratamento. – Todas as informações escritas devem estar no idioma principal do paciente, se possível. Parâmetros de dosagem de quimioterapia e bioterapia As doses de quimioterapia e bioterapia são informadas nos protocolos de tratamento. Três principais fatores influenciam a formulação de regimes de dosagem em crianças: farmacocinética, dosagem de quimioterapia e bioterapia usando a ASC, em vez de apenas o peso corporal de crianças com peso superior a 10 kg, e métodos de administração de dose adequados à idade. Devido a diferenças em processos fisiológicos, dosagens de medicação podem ser amplamente diferentes para crianças em comparação com dosagens para adolescentes e jovens adultos (Ceja, Christensen e Yang, 2013). Enfermeiros que administram quimioterapia e bioterapia precisam entender as diretrizes de dosagem básicas e as condições e situações (como toxicidades limitadoras de dose) que possam exigir alterações de dose. As políticas institucionais precisam descrever as etapas necessárias para essas alterações, como arredondamento de doses ou variâncias aceitáveis (p. ex., 5%–10%) (Gaguski e Karcheski, 2011). Valores precisos de altura e peso são essenciais para o cálculo de dosagens quimioterapêuticas precisas. O seguinte se aplica à dosagem de quimioterapia na população pediátrica: • A altura é registrada em centímetros, e o peso é registrado em quilogramas. • Tratamento inicial: obter duas alturas e dois pesos independentes. • Tratamento subsequente: comparar a nova altura e o novo peso com a altura e o peso anteriores como meio de identificar alterações significativas que possam afetar a dosagem de medicações (de acordo com a política institucional). Nos Estados Unidos, a fórmula mais frequentemente usada para calcular a ASC (em metros quadrados) é a equação de Mosteller (Gaguski e Karcheski, 2011; ver Figura 7.1). Políticas institucionais devem indicar o método preferido para ser usado no cálculo da ASC. Quando houver discrepância entre cálculos de ASC ou de dose, a política deve orientar também a quantidade de variância aceitável dentro da instituição. Uma discrepância superior a 5%–10% pode justificar uma notificação do prestador de serviços prescritor. Para fins de consistência na dosagem, a política também deve definir se as doses serão arredondadas para a primeira ou segunda casa decimal.

Capítulo 7. Administração de Quimioterapia e Bioterapia 167

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