PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

Tabela 6.1. Hierarquia de controle de risco Nível de controle Exemplo

Exemplos de enfermagem

Eliminação do perigo

Não costuma ser viável com terapia medicamentosa Não costuma ser viável com terapia medicamentosa

Substituição por uma substância ou medida não perigosa

Controles de engenharia

Equipamentos que isolam o risco para diminuir a exposição do profissional de saúde Políticas, instrução e treinamento de manuseio seguro Mudança na maneira como o trabalho é realizado

• Gabinetes de segurança biológica • Dispositivos para transferências em sistema fechado • Programa para Prestadores de Serviços de Quimioterapia/ Bioterapia da Association of Pediatric Hematology/Oncology Nurses • Políticas hospitalares

Controles administrativos, incluindo práticas de trabalho

Equipamento de proteção individual Barreira de proteção contra o risco

• Luvas • Aventais • Proteção ocular • Proteção respiratória

Nota. Adaptado de “Hierarchic Order in Protection Measures”, de International Society of Pharmacy Practitioners, 2007 , Journal of Oncology Pharmacy Practice, 13, 15–16, doi:10.1177/10781552070130030106; OSHA Technical Manual, TED 1-0.15A (seção VI, Capítulo 2), por Occupational Safety and Health Administration, 1999, extraído de: www.osha.gov/dts/osta/otm/otm_vi/otm_vi_2.html; Chemotherapy and Biotherapy Guidelines and Recommendations for Practice (4 a ed.), ed. M. Polovich, M. Olsen e K. B. LeFebvre, 2014, Pittsburgh, PA: Oncology Nursing Society; USP General Chapter <800> Hazardous Drugs—Handling in Healthcare Settings , U.S. Pharmacopeial Convention, 2016, extraído de: http://www.usp.org/usp-nf/notices/general-chapter-hazardous-drugs-handling-healthcare-settings.

de alta eficiência e trocas de ar adequadas por hora. O acesso à zona tampão deve ser feito através de uma antecâmara que permita a separação entre as áreas estéreis e as não destinadas à manipulação (Polovich, 2011). Para os enfermeiros, um controle de engenharia essencial para impedir a exposição a MPs é o dispositivo de transferência de sistema fechado (DTSF). O NIOSH define um DTSF como um dispositivo de transferência de medicamentos que proíbe mecanicamente a transferência de contaminantes ambientais para o sistema e a fuga de MPs ou concentrações de vapor para fora do sistema (Power e Polovich, 2016). O USP <800> exige o uso de DTSFs para administração de MPs antineoplásicos (nem todos os MPs), quando a forma farmacêutica permitir. Os DTSFs não podem ser usados para certas vias de administração (p. ex., intravesicular, intraocular, intraperitoneal ou intratorácica) se a forma farmacêutica for administrada usando suprimentos ou equipamentos que não possam ser conectados a um DTSF. Em algumas situações, os DTSFs não podem ser usados porque os componentes plásticos do dispositivo podem interagir com o agente quimioterápico (p. ex., busulfan), resultando em rachaduras no dispositivo ou na lixiviação do plástico. Numerosos estudos demonstraram a contaminação de superfícies com resíduos de MP em áreas onde medicamentos são manipulados ou administrados (NIOSH, 2004). Estudos também demonstraram reduções significativas na contaminação de superfícies nas mesmas áreas com o uso de um DTSF (Clark e Sessink, 2013; Sessink, Connor, Jorgenson e Tyler, 2011; Sessink, Trahan e Coyne, 2013; Wick, Slawson, Jorgenson e Tyler, 2003). A seleção de DTSF pela instituição deve ser um processo cuidadoso que inclua as partes interessadas de enfermagem e farmácia. As considerações para a seleção de DTSF devem incluir: • Se o dispositivo é mecanicamente fechado, impedindo que algo entre pelo lado externo e impedindo a fuga de medicamentos ou vapores. • Se o dispositivo pode manter uma conexão seca. A tecnologia de DTSF inclui proteção contra medicamentos que evaporam. Alguns dispositivos evitam a fuga de vapor contendo mecanicamente os vapores em uma câmara

Figura 6.1. Hierarquia de controles de risco

De https://www.cdc.gov/niosh/topics/hierarchy

equipamentos que protegem o profissional de saúde contra a exposição a MPs durante a preparação ou administração. Os controles primários de engenharia (CPEs) se referem aos equipamentos, tais como gabinetes de segurança biológica (GSBs), usados para manter limpo um ambiente de manipulação de medicamentos. O USP <800> determina o armazenamento e a preparação dos MPs em áreas separadas dos medicamentos não perigosos. A área onde se dá a preparação estéril de MPs deve atender a todos os padrões de ventilação, trocas de ar por hora e contagem de partículas. A área de preparação deve sempre ser um ambiente de pressão negativa (USP <800>, 2016). Os GSBs de Classe II ou os isoladores de contenção assépticos continuam sendo os CPEs padrão usados na preparação de MPs estéreis. Os BSCs de Classe I e os gabinetes de contenção ventilados são CPEs para manipulação não estéril de MPs e devem ser dedicados apenas a esse fim (Page, 2016). Uma zona tampão é outro controle de engenharia para evitar a exposição e a contaminação. O USP <800> exige que um CPE seja colocado em um ambiente controlado, com uma fonte adicional de ar proveniente de um filtro de ar de particulado

Capítulo 6. Manuseio Seguro de Medicamentos Perigosos 153

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