Tabela 5.6. Agentes bioterapêuticos* (continuação) Medicamento Mecanismo de ação Efeitos colaterais
Considerações especiais
Ações de enfermagem
Ácido all- trans retinoico (ATRA, tretinoína; Vesanoid) Classificação: agente diferenciador Indicações pediátricas: LPA Via: oral Medicamento perigoso? NIOSH 2016, Grupo 3
Avisos de tarja preta: • Síndrome de diferenciação de LPA: cerca de 25% dos pacientes com LPA tratados com tretinoína sofreram síndrome de diferenciação de LPA, caracterizada por febre, dispneia, síndrome respiratória aguda, ganho de peso, infiltrações pulmonares radiográficas e efusões pleurais ou pericárdicas, edema e insuficiência hepática, renal ou de múltiplos órgãos; contratibilidade miocárdica prejudicada e hipotensão episódica também podem ser observadas. especialmente se houver contagem alta de glóbulos brancos • Risco de leucocitose, • Altamente teratogênico Potencial emético: baixo Comuns: cefaleia, fraqueza, fadiga, pele seca, queilite angular, edema, leucocitose, enzimas hepáticas elevadas Menos comuns: pseudotumor cerebral, alergia retinoide
Liga-se a 1 ou mais receptores nucleares, causando redução na proliferação e induzindo diferenciação de células de LPA Inicialmente, produz maturação de promielócitos primitivos e repovoa a medula e o sangue periférico com células hematopoiéticas normais para alcançar remissão completa
Administrar com refeição; não abrir ou triturar conteúdo dos comprimidos. Baixos níveis plasmáticos do medicamento já foram relatados quando administrado via sonda nasogástrica. Evitar administração com medicações associadas a pseudotumores cerebrais (p. ex., tetraciclinas), pois o ATRA também está associado a essa condição. Evitar polivitamínico; o conteúdo de vitamina A em polivitamínicos pode aumentar a toxicidade do ATRA. Mulheres sexualmente ativas em idade reprodutiva devem usar dois métodos confiáveis de contracepção; teste de gravidez mensal e assessoria de contracepção recomendados pela duração da terapia.
Para a administração da dose, utilizar equipamento de proteção individual de acordo com recomendações OSHA, NIOSH e USP<800> (luva simples para administração de cápsula intacta; se for abrir cápsulas ou administrar por via nasogástrica, luva dupla e avental). Monitorar sintomas de síndrome de diferenciação de LPA (febre, dispneia, ganho de peso, auscultações torácicas anormais, anomalias radiográficas). Para síndrome de diferenciação de LPA, iniciar esteroides de alta dose imediatamente (dexametasona 10 mg IV a cada 12 h por ao menos 3 dias ou até os sintomas desaparecerem). Monitorar sintomas de hiperleucocitose. Monitorar sintomas de pseudotumor cerebral (cefaleia, náusea, vômitos, transtornos visuais, tinido pulsante, papiledema). Exames laboratoriais a monitorar: • HC • TFHs • Triglicérides e colesterol
(continua)
*As informações inclusas nesta tabela servem como visão geral. Para informações mais amplas sobre qualquer agente específico, o enfermeiro deve consultar o Lexicomp, monografias de medicamentos ou o formulário institucional. De acordo com o Capítulo Geral <800> Hazardous Drugs—Handling in Healthcare Settings (2016) da Convenção Farmacopeica dos EUA, se ummedicamento não estiver na Lista de Medicamentos Perigosos do National Institute for Occupational Safety and Health, mas for similar a ummedicamento perigoso existente em estrutura ou toxicidade, ele deve ser considerado perigoso até ser mais amplamente avaliado. Se a rotulagem do produto feita pelo fabricante definir o medicamento como perigoso, ele deve ser considerado perigoso (Kienle, 2017, p. 19).
110 Plano de Estudos de Quimioterapia e Bioterapia Pediátrica: Quarta Edição
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