PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

e ser capaz de identificar as diferenças entre reações de hipersensibilidade e reações à primeira dose (consulte a Tabela 7.6, “Comparação de reações agudas à infusão”), pois o objetivo do controle clínico é diferente para cada uma delas. Agentes direcionados orais são frequentemente afetados pela família de enzimas citocromo P450, e os enfermeiros devem ter ciência do potencial para interações medicamentosas. Além disso, muitos inibidores de moléculas pequenas têm toxicidades cardíacas. Agentes bioterapêuticos podem causar muitos efeitos colaterais, alguns dos quais podem ser intensos e possivelmente fatais na interação com o sistema imunológico da criança (consulte a Tabela 5.6). Os enfermeiros precisam estar preparados para reações de hipersensibilidade e prestar cuidados de maneira calma e confiante. O fornecimento prévio de orientação e instrução adequadas à criança e aos familiares a respeito dos sintomas a serem relatados aumenta a capacidade destes de lidar com efeitos colaterais e toxicidades. É crucial prever e reconhecer prontamente os efeitos colaterais e ter um plano de emergência estabelecido para controlar reações de hipersensibilidade. Medicamentos e equipamentos de emergência precisam estar disponíveis para controlar reações potencialmente fatais (Breslin, 2007; Gobel, 2007).

Manipulação segura de agentes bioterapêuticos Bortezomibe, brentuximabe vedotina, gemtuzumabe ozogamicina, inibidores de moléculas pequenas (medicamentos terminados em “-nibe”), inibidores de mTOR e agentes diferenciadores estão inclusos na lista de medicamentos perigosos de 2016 do National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH, 2016). O enfermeiro que administra esses agentes bioterapêuticos perigosos deve seguir as diretrizes USP<800>, OSHA e NIOSH para manipulação segura. Agentes imunoterapêuticos e anticorpos monoclonais não conjugados são proteínas, não produtos químicos, de forma que não precisam ser avaliados por normas da NIOSH em termos de carcinogenicidade, teratogenicidade e genotoxicidade. Embora anticorpos monoclonais não exerçam efeitos citotóxicos diretos, eles podem ter potencial citotóxico indireto, pois estimulam uma citotoxicidade dependente de anticorpo ou citotoxicidade mediada pelo complemento (King et al., 2016). As instituições podem considerar perigosos alguns medicamentos que não estão inclusos na Lista de Medicamentos Perigosos da NIOSH, de forma que o enfermeiro deve ter conhecimento dos medicamentos que estão na lista de medicamentos perigosos da instituição e manipulá-los adequadamente.

108 Plano de Estudos de Quimioterapia e Bioterapia Pediátrica: Quarta Edição

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