Tabela 5.5. Nomenclatura de anticorpos monoclonais Prefixo Sub-ramo A (identifica o alvo)
Sub-ramo B* (identifica a origem)
Sufixo
Aleatório e distintivo
proteína amiloide
rato
-ami-
-a
-mabe
proteína bacteriana
rato-camundongo (pré-sub-ramo)
-ba-
-axo-
cardiovascular proteína fúngica
hamster primata
-ci-
-e-
-fu(ng)-
-i-
receptores e fatores de crescimento relacionados aomúsculo esquelético (pré-sub-ramo)
camundongo
-gro(s)-
-o-
interleucina
humano
-qui-
u
imunomodulador
uso veterinário (pré-sub-ramo)
-li- ou -l-
-vet-
neural
quimérico
-ne-
-xi-
osso
quimérico-humanizado
-os-
-xizu-
toxina tumor
humanizado
-toxa-
-zu-
-tu- ou -ta-
-vi- viral *O sub-ramo B foi eliminado da nomenclatura após 2017; portanto, anticorpos monoclonais nomeados em 2017 ou posteriormente não conterão esse sub-ramo. Adaptado de Organização Mundial da Saúde, Revised monoclonal antibody (mAb) nomenclature scheme, 26 de maio de 2017. Disponível em www.who.int/ medicines/services/inn/Revised_mAb_nomenclature_scheme.pdf?ua.
radiação no nível celular, sem expor áreas maiores do corpo à radiação. A FDA já aprovou dois agentes de radioimunoterapia para o tratamento de câncer em adultos: Y-90-ibritumomabe tiuxetano (Zevalin) e I-131-tositumomabe (Bexxar). Ambos estão aprovados para o tratamento de linfomas CD20-+ recorrentes. Em 2013, o fabricante descontinuou a produção de Bexxar, informando baixa demanda pelo medicamento e a disponibilidade de outras opções de tratamento. Atualmente, não há nenhum radioisótopo direcionado aprovado para uso em malignidades pediátricas. INIBIDORES DE MOLÉCULAS PEQUENAS Como o nome indica, inibidores de moléculas pequenas são proteínas pequenas o bastante para atravessar membranas celulares e penetrar na célula, onde podem interagir com proteínas nas vias de transdução de sinal. Em células malignas, alterações nas vias de transdução de sinal resultam em crescimento e proliferação descontrolados, que são característicos do câncer. Muitas dessas proteínas sinalizadoras anormais podem ser almejadas por um inibidor específico de moléculas pequenas. Entre as vias de transdução de sinal importantes estão: • Tirosinas-quinases receptoras (RTKs) são receptores de superfície celular que são os portais para as vias celulares que controlam o crescimento e a diferenciação celular. Muitas RTKs estão associadas a oncogenes, as proteínas que promovem o crescimento em células malignas. Há mais de 20 classes de RTKs, como: – Inibidores da tirosina-quinase (TKIs): imatinibe, dasatinibe e nilotinibe inibem diversas RTKs; em pediatria, são usados mais frequentemente no tratamento de leucemias BCR-ABL1–positivas (agudas e crônicas). O ponatinibe é o único TKI eficaz contra a mutação do gene T315I BCR-ABL1 em leucemia mieloide crônica (LMC), e já demonstrou resistência a outros TKIs (Smith, 2016). – Via HER: entre os alvos nessa via estão o receptor de fator de crescimento epidérmico (EGFR) e o HER2 EGFR,
um alvo encontrado em altas concentrações em diversos tumores sólidos. TKIs bloqueiam o EGFR e inibem a proliferação celular, a promoção da apoptose e a inibição de antiangiogênese. Pesquisas já se concentraram no desenvolvimento de medicamentos capazes de bloquear o oncogene da tirosina-quinase bloqueando a ligação do fator de crescimento epidérmico com o EGFR. A via do EGFR é um local frequentemente não regulado de sinalização de tumores em muitos tipos de câncer. Entre os inibidores de moléculas pequenas eficazes contra essa via está o erlotinibe, usado para tratar câncer de pulmão, pâncreas e outros tipos em adultos. – Via do receptor de fator de crescimento 1 semelhante à insulina (IGF-IR): entre os tumores pediátricos que expressam sinalização de receptores de fator de crescimento semelhante à insulina, ou IGF-IR, estão neuroblastoma, meduloblastoma, osteossarcoma e tumor de Wilms. Entre os inibidores de IGF-IR sendo investigados na pediatria está o cixutumumabe, para rabdomiossarcoma metastático (Smith, 2016). – Via ALK, KIT, MET: o crizotinibe é um inibidor de moléculas pequenas que tem como alvo a enzima tirosina- quinase ALK. Mutações do gente ALK estão associadas a linfoma anaplásico de células grandes e neuroblastoma. O crizotinibe está sendo investigado em ensaios clínicos pediátricos para essas malignidades. • Entre as vias de sinalização de quinase intracelulares (serina e treonina) estão: – Via RAS/RAF/MAPK/MEK ( Figura 5.10 ), que regula o crescimento, proliferação, diferenciação, estresse ou resposta inflamatória e sobrevivência da célula. Entre os agentes eficazes nessa via estão o dabrafenibe e o vemurafenibe, que têm como alvo o BRAF. Inibidores MEK têm efeitos colaterais distintos, como retinopatia sérica central, edema periférico e níveis elevados de creatina fosfoquinase (Smith, 2016).
104 Plano de Estudos de Quimioterapia e Bioterapia Pediátrica: Quarta Edição
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