PLANO DE ESTUDOS DE Quimioterapia e Bioterapia PEDIÁTRICA

Tabela 5.2. Imunoterapia em oncologia pediátrica

Exemplos em oncologia pediátrica*

Ativa ou passiva Imunoterapia passiva (não estimula uma resposta imunológica generalizada)

Classificação ampla Subclassificação

Transferência de células adotivas

Linfócitos infiltradores de tumor

Terapia com células exterminadoras naturais (NK)

Infusão pós-transplante de células NK haploidênticas

Tisagenlecleucel (Kymriah)

Terapia com receptores de antígeno quimérico

Imunoterapia ativa (estimula uma resposta imunológica)

Moduladores do sistema imunológico

Citocinas

Interferon

Interferon-alfa2b (Intron)

Interleucina

Interleucina-2 (aldesleucina, Proleukin)

Filgrastim (Neupogen, Zarxio ) Pegfilgrastim (Neulasta)

Fatores de crescimento hematopoiético

Fator estimulante de colônia de neutrófilos Fator estimulante de colônia de granulócitos- macrófagos Agente estimulador da eritropoietina Fator de crescimento trombopoiético

Sargramostim (Leukine)

Epoetina (Epogen )

Trombopoietina (Neumega)

Ipilimumabe (Yervoy)

Moduladores de checkpoint (anticorpos monoclonais imunomoduladores)

Bloqueio CTLA-4

Pembrolizumabe (Keytruda) Nivolumabe (Opdivo)

PD-L1

Vacina para o HBV Vacina para o HPV

Vacinas

Preventivas

Terapêuticas

Adultos: sipuleucel-T (Provenge) Adultos: vírus do sarampo oncolítico

Vírus oncolíticos

* Agentes com indicações em oncologia pediátrica aprovadas pela FDA são mostrados em negrito .

as células infectadas a produzir uma substância que interfere na capacidade do vírus de se reproduzir. Eles interferem na divisão das células cancerosas e podem ralentar o crescimento. Foram descobertos na década de 1950, mas apenas na década de 1980, quando foi desenvolvida a tecnologia do DNA recombinante, foi possível produzir as grandes quantidades necessárias para terapias clínicas. Em 1986, o interferon alfa se tornou o primeiro agente imunoterapêutico a ser aprovado pela FDA. Os interferons são ativos contra muitos vírus e também já demonstraram atividade antitumoral. Os interferons podem ser classificados como tipo I ou tipo II, com base nos receptores nos quais atuam. Entre os interferons tipo I estão interferons alfa, que são derivados de leucócitos, e interferons beta, que são derivados de fibroblastos. Interferons tipo II, incluindo interferons gama, são secretados por células NK e linfócitos T. Interferons tipo II ativam fagócitos mononucleares (Khan, 2008). Os únicos interferons tipo I com função importante na imunoterapia para o câncer são os interferons alfa. Eles foram aprovados pela FDA para o tratamento de adultos com leucemia de células pilosas (tricoleucemia), melanoma maligno, leucemia mieloide crônica (LMC), linfoma folicular e sarcoma de Kaposi. Estudos pediátricos estão avaliando a eficácia de interferons alfa para crianças em tratamento de melanoma, astrocitoma pilocítico juvenil e craniofaringioma recorrente (Capitini, Otto, DeSantes e

As interleucinas atuam como sinais químicos entre os glóbulos brancos. A maioria das interleucinas estimula a atividade imunológica de suas células-alvo. Por exemplo, a IL-2 estimula uma maior proliferação de células T, e a IL-6 estimula as células B a iniciar a produção de anticorpos. Algumas interleucinas, como a IL-6, também podem desempenhar uma função na redução da atividade imunológica. As interleucinas são produzidas principalmente por células T auxiliares (CD4). Existem 18 interleucinas, e elas são identificadas pelo prefixo IL seguido de um número. Entre as interleucinas importantes na oncologia pediátrica estão: • A IL-2 é uma das primeiras citocinas a serem estudadas em crianças. Chamada inicialmente de fator de crescimento de células T, a IL-2 estimula o crescimento e a maturação de subconjuntos de células T, estimula células T citotóxicas e estimula a produção de outras linfocinas e citocinas (Capitini et al., 2014). Estudos pediátricos já mostraram que terapias usando IL-2 (aldesleucina) em combinação com dinutuximabe, um anticorpo monoclonal anti-GD2, podem melhorar a resposta clínica para crianças com neuroblastoma (Speleman, Park e Henderson, 2016). • A IL-6 desempenha uma importante função na estimulação da resposta inflamatória. Altos níveis de IL-6 já foram demonstrados em pacientes com síndrome da liberação de citocinas (SLC). Pesquisas clínicas já mostraram que agentes biológicos, como o tocilizumabe, que modulam (reduzem) a

Sondel, 2014). Interleucinas

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Capítulo 5. Bioterapia: Princípios e Agentes

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